Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Mariana Rios
Publicado em 30 de outubro de 2025 às 16:38
Um estudo da Faculdade de Saúde Pública da USP, divulgado pelo Jornal da USP e apresentado na 14ª Conferência Internacional de Dados Alimentares da FAO, em Roma, mostrou que o jeito de preparar o café — e o que você coloca nele — pode mudar bastante os benefícios da bebida mais amada do Brasil. >
A pesquisa, conduzida pela nutricionista Camila Marques Crivelli Crescencio sob orientação da professora Elizabeth Torres, analisou como diferentes formas de preparo e ingredientes, como leite e açúcar, afetam a composição e o poder antioxidante do café filtrado.>
E a conclusão? O café puro sai na frente. Ele apresentou os maiores níveis de compostos antioxidantes. Quando entra açúcar, há uma leve queda — mas o leite é quem mais reduz o potencial benéfico. Segundo Camila, isso acontece porque as proteínas do leite se ligam aos compostos do café, dificultando a absorção. Já o açúcar, quando aquecido, passa por reações que também geram antioxidantes, amenizando a perda.>
Os testes compararam oito tipos de preparo, com e sem cafeína, com e sem adição de leite e açúcar. O café com cafeína foi o que mais concentrou antioxidantes, reforçando que a própria cafeína tem papel importante. E sim, até o tipo de grão, torra, solo e método de filtragem fazem diferença — o estudo usou filtro de papel, o mais comum nas casas brasileiras.>
Mas afinal, qual é o “melhor café”? Depende. “De forma geral, o café puro com cafeína é o mais rico em antioxidantes”, diz Camila. “Mas o descafeinado também é uma boa opção para quem precisa limitar o consumo.”>
Como explica a professora Elizabeth, o café é o grande responsável pela maior parte dos antioxidantes que o brasileiro consome no dia a dia. E isso não é pouca coisa: “É um símbolo nacional e uma das maiores fontes de proteção antioxidante da nossa dieta.”>
Café inovador já está à venda