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Há relação entre exercícios intensos e mortes inesperadas? Entenda

Especialista explica motivações por trás da morte súbita de atletas amadores e adeptos a exercícios intensos

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 12 de junho de 2025 às 05:30

Estudante de 20 anos morre no dia do aniversário após passar mal em meia maratona
Estudante de 20 anos morreu no dia do aniversário após passar mal em meia maratona Crédito: Reprodução

Casos de aletas profissionais e amadores que morreram por mal súbito têm chamado a atenção pública desde que ocorrências do tipo se tornaram mais frequente nos noticiários. Se por um lado o incentivo à prática de exercícios físicos é amplamente difundido, o excesso de esforço físico em busca de um ideal de saúde tem gerado preocupação nos médicos, que já veem relação entre exercícios intensos e mortes inesperadas.

Segundo o médico cardiologista Mário César Santos de Abreu, que é professor de cirurgia cardiovascular na Faculdade de Medicina da Ufba, essa relação segue uma lógica biológica. “Quando a pessoa faz esforço físico, o corpo começa a pedir mais sangue e, com isso, o coração fica bombeando até o momento em que fica fragilizado, porque não está preparado para aquilo”, inicia.

“Quando ele chega em um momento crítico, que é quando a quantidade de sangue que chega para o coração não é a ideal, começa a ser desencadeada uma isquemia relativa, que, por sua vez, pode desencadear uma arritmia cardíaca, que causa a morte súbita”, explica o especialista.

No último sábado (7), o estudante João Gabriel Hofstatter De Lamare morreu subitamente após passar mal enquanto participava da Maratona Internacional de Porto Alegre, no dia do aniversário de 20 anos. Ele disputava a prova de 21 km da meia maratona. De acordo com os organizadores, ele "teve um mal súbito e sofreu uma parada cardiorrespiratória no km 20 do percurso", já perto da linha de chegada.

No dia 21 de maio, a estudante de Relações Internacionais Dayane de Jesus, 22 anos, morreu enquanto treinava na academia, no Rio de Janeiro. Um vídeo gravado por uma câmera de segurança mostra que a jovem usa o celular e senta em um dos aparelhos da academia. Segundos depois, ela desmaia e cai no chão. Alunos e professores que estavam no local tentaram socorrê-la, mas ela não resistiu.

Em 2 de abril deste ano, Kayan Ícaro Menezes de Jesus, de 11 anos, jogava bola com os amigos em frente à sua casa, em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), momentos antes de sentir "uma dor forte no peito". O mal-estar ocasionou o óbito da criança.

No caso de Kayan, a mãe do menino chegou a afirmar que ele tinha feito um eletrocardiograma há pouco tempo e que o exame não havia acusado nada. Em casos como esse, a única forma de tentar garantir a sobrevivência é realizando um atendimento rápido. Em casos gerais, no entanto, é possível prevenir casos semelhantes a partir de realizações de exames periódicos, como eletrocardiograma, ecocardiograma e avaliação clínica.