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Por que Faustão recebeu 4 órgãos? Entenda como funciona fila de transplantes no Brasil

Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por administrar a lista de espera no Brasil

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 8 de agosto de 2025 às 18:12

Faustão
Faustão Crédito: Reprodução SBT

Aos 75 anos, o apresentador Fausto Silva foi submetido a dois novos transplantes de órgão na quarta-feira (6). Os procedimentos foram uma substituição de fígado e um retransplante de rim, realizados no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ao todo, o comunicador já recebeu quatro novos órgãos desde o início de seu tratamento de saúde em 2023.

Faustão está internado desde o dia 21 de maio para tratar uma infecção bacteriana aguda com sepse. O primeiro transplante do apresentador, de coração, ocorreu em agosto de 2023. Seis meses depois, em fevereiro de 2023, ele passou pelo primeiro transplante de rim. A quarta substituição de órgão do comunicador levantou uma dúvida: como funciona a fila de transplantes no Brasil?

No país, o Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável por coordenar, monitorar e realizar transplantes de órgãos, tecidos e células, por meio do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Segundo a pasta, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Até agosto deste ano, foram realizados 16.022 transplantes no país, sendo córneas (10.238), rins (3.860), fígados (1.528) e corações (250) os órgãos mais transplantados.

A lista funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, quem chegar primeiro recebe o órgão. Para a realização da cirurgia de transplante, são consideradas a gravidade do quadro, tipo sanguíneo, porte físico e distância geográfica. Quem precisa, por exemplo, de internação constante, com uso de medicamentos intravenosos e de máquinas de suporte para a circulação do sangue, tem prioridade em relação a quem pode aguardar pelo órgão em casa.

Já a distância geográfica é relevante por conta do tempo de isquemia, ou seja, o intervalo de até 4h entre a retirada do doador e o transplante no receptor. Caso as duas pessoas estejam em lugares distantes, o SUS pode não arcar com os custos do transporte. A compatibilidade genética também é outro fator importante que ajuda a decidir quem receberá o órgão, assim como o tipo sanguíneo do doador e do receptor dos órgãos.

Mesmo com o grande volume de transplantes, a fila de espera ainda é um dos grandes desafios do SUS. Atualmente, 46.727 pessoas aguardam na fila por doação de órgãos, sendo rim, fígado e coração os principais órgãos aguardados. Segundo a colunista Keila Jimenez, do Hoje em Dia, os órgãos doados para Faustão vieram de um único doador que faz parte da família do apresentador. Neste caso, não há fila de espera para receber o órgão.

Faustão por Reprodução