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Wendel de Novais
Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 07:54
A liberação do motorista de aplicativo que matou a jovem trans Rhianna, de 18 anos, durante uma viagem em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, virou alvo de denúncia da deputada Érika Hilton. O suspeito, de 19 anos, não teve o nome divulgado e confessou o crime na delegacia após aplicar um mata-leão na vítima e sufocá-la até a morte, depois de uma discussão entre os dois. >
Pelas redes sociais, a deputada afirmou que denunciou o delegado responsável pela liberação do motorista. “Estou denunciando, ao Ministério Público Estadual, o assassino e o delegado. [...] É inconcebível que um delegado não faça a prisão em flagrante de um assassino que levou um corpo até uma delegacia porque ele foi 'bonzinho', confessou o crime e jurou de dedinho que vai se comportar”, escreveu.>
Veja quem é a jovem morta com 'mata-leão' por motorista de app
Além disso, Érika Hilton informou que enviou ofício à Polícia Civil, à Secretaria de Segurança Pública e ao Governo da Bahia cobrando esclarecimentos. “Vamos refletir por um mísero instante: se uma pessoa matasse um colega de trabalho, um vizinho, um idoso ou uma criança, levasse o corpo até a delegacia e confessasse, ela seria liberada? É lógico que não”, declarou a deputada.>
Aos policiais, o motorista afirmou ter agido em legítima defesa, alegando que acreditou que a vítima fez um movimento para pegar algo em sua bolsa. Segundo ele, após Rhianna perder a consciência, tentou reanimá-la, mas ela não resistiu. O suspeito disse ainda que a jovem teria ameaçado espalhar um boato de que ele seria estuprador.>
Procurada, a Polícia Civil da Bahia (PC) confirmou o caso, mas não mencionou apreensão de arma de fogo ou arma branca com a vítima. Em nota, a PC informou que abriu investigação e, por o suspeito ter se apresentado espontaneamente e confessado o crime, ele foi liberado e responderá em liberdade.>