Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Wendel de Novais
Publicado em 22 de agosto de 2025 às 10:18
A execução de João Pedro Mattos dos Santos, 21 anos, que foi alvo de tiros enquanto estava com a família na Praia dos Milionários, em Ilhéus, no sul da Bahia, foi só mais um homicídio para lista de Anderson da Costa dos Santos, 26. O traficante, que era o principal suspeito do crime, foi morto em confronto com a polícia na mesma cidade. >
Nas redes sociais, Anderson, que integrava o Bonde do Maluco (BDM), adotava o vulgo de ‘Loló da Sul’ em uma conta onde publicava imagens em posse de armas de grosso calibre na companhia de outros traficantes. O armamento exibido por ele era usado em ataques a desafetos na região sul, segundo fonte policial consultada. >
Executor do BDM
“Era um traficante de ‘frente’, que integrava os bondes em ataques contra rivais não só em Ilhéus, mas em outras áreas da região. Tanto é que já tinha mandado de prisão por homicídios qualificados em Ilhéus e em Santa Cruz Cabrália. Se trata de um indivíduo absolutamente perigoso”, explica a fonte, que pede anonimato. >
Ainda de acordo com o entrevistado, Anderson representava um risco alto aos agentes de segurança da área. “As imagens que ele publicava com fuzis já mostram o quanto era um indivíduo perigoso. Não à toa morreu confrontando policiais nessa situação da quinta-feira. Era um homicida antigo aqui de Ilhéus”, completa ele. >
Não há informações concretas, no entanto, do porquê de João Pedro ter virado alvo de um homicídio cometido por Anderson. Apesar do crime grave, o traficante não foi localizado em uma ação que investigava o caso. Na realidade, de acordo com a Polícia Militar da Bahia (PM), ele foi baleado em uma ação de patrulhamento comum. >
“Os agentes realizavam patrulhamento na zona sul de Ilhéus, quando um indivíduo, ao ser abordado, resistiu à atuação policial efetuando disparos contra as guarnições. O homem foi ferido e foi socorrido ao Hospital Costa do Cacau, onde não resistiu. Com ele, foi apreendida uma pistola calibre 380, 13 munições e um celular”, diz em nota. >
O material apreendido foi apresentado na 7ª Coordenadoria da Polícia do Interior (Coorpin) para as providências legais. Foi na Coordenadoria, inclusive, que se constatou que o indivíduo era suspeito do homicídio de João Pedro. A ação policial que acabou na morte de Anderson foi registrada na 1ª Delegacia de Ilhéus (DT). >