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Idoso de 71 anos está internado há 15 dias após sofrer infarto e aguarda regulação: 'Desespero'

Familiares de Adailton Balbino Ferreira Gomes denunciam atendimento em hospital de Itaparica

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 4 de junho de 2025 às 18:39

Familiares temem que o paciente tenha outro infarto
Familiares temem que o paciente tenha outro infarto Crédito: Acervo pessoal

Internado desde o dia 21 de maio no Hospital Geral de Itaparica, Adailton Balbino Ferreira Gomes, de 71 anos, aguarda a regulação para realizar um procedimento de cateterismo cardíaco. Os médicos solicitaram a realização do exame depois que o idoso sofreu um infarto. Adailton é diabético, amputou uma das pernas e buscou a unidade de saúde para verificar feridas provocadas pela diabetes. A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) afirma que o caso está sob avaliação da equipe médica da Central Estadual de Regulação.

A sobrinha do paciente, Juliana Gomes, conta que o número de regulação de Adailton foi alterado durante a internação, depois que funcionários esqueceram de lançar informações sobre exames médicos no prontuário. "Foi feito o exame e esqueceram de colocar os resultados, tanto que colocaram na minha frente. Ainda mudaram o número da regulação, pois tinha um erro que não foi informado", afirma Juliana. O paciente sofreu infarto enquanto estava internado na unidade. 

Os problemas nos registros médicos teriam, segundo Juliana Gomes, atrasado a transferência do paciente para uma unidade de saúde onde o cateterismo cardíaco é realizado. O procedimento invasivo permite visualizar o coração e os vasos sanguíneos através da introdução de um cateter. Ele serve para diagnosticar e tratar problemas no coração. Sem o exame, os médicos não podem tratar a condição do idoso, o que preocupa os familiares. Eles buscaram também o Ministério Público do Estado.

"Ele [Adailton] está arrasado. Eu voltei para minha cidade pois não estava aguentando ver ele agoniado, querendo ir para casa. Eu perdi meu pai há três anos, e meu tio é como se fosse um pai pra mim", lamenta Juliana Gomes, que mora em Camaçari, mas retornará para Itaparica para acompanhar o tio no hospital. 

Procurada sobre a situação do paciente, a Sesab informou que o caso "está sob avaliação pela equipe médica da Central Estadual de Regulação, que está em busca de um serviço de saúde adequado ao perfil do mesmo em uma unidade pública, filantrópica ou privada" (veja a nota completa abaixo). A pasta ainda afirma que mais de 133 mil pacientes foram atendidos apenas em 2025 pela Central de Regulação. Mais da metade (51%) das solicitações são atendidas em até 24 horas, segundo o órgão. 

Em relação aos supostos erros nos documentos médicos do paciente, a Sesab afirma que o contato na regulação é feito de médico para médico. "Sempre que há necessidade de inserção de informações no sistema, os médicos reguladores fazem a solicitação ao profissional que está na unidade onde o paciente está", pontua. 

O Hospital Geral de Itaparica é gerenciado pela Fundação José Silveira desde fevereiro de 2018, mediante contrato firmado junto à Secretaria da Saúde. O hospital atende uma região de 66,5 mil habitantes dos municípios de Vera Cruz e Itaparica, além de visitantes. 

A sobrinha do paciente internado desde o dia 21 de maio denuncia ainda falta de higiene e falta de água. Juliana Gomes conta que precisou, inclusive, limpar o banheiro utilizado pelo paciente. "Falta água para os pacientes tomarem banho. Fiquei quase uma semana lá e alguns dias eu tive que limpar o banheiro para poder usar", denuncia. 

A Sesab nega que o hospital tenha problemas de higiene e falta de recursos. "O hospital zela pela adoção de protocolos de cuidado e higiene, visando a segurança e qualidade assistencial de seus pacientes e colaboradores", pontua a pasta. A Fundação José Silveira, responsável pela gestão da unidade, também foi procurada e enviou o mesmo posicionamento da pasta estadual (veja abaixo). 

Posicionamento da Sesab 

"O caso do paciente está sob avaliação pela equipe médica da Central Estadual de Regulação, que está em busca de um serviço de saúde adequado ao perfil do mesmo em uma unidade pública, filantrópica ou privada.

Ressaltamos que, em 2025, a Central Estadual de Regulação atendeu mais de 133 mil pacientes, alcançando uma taxa de resposta de 98,20% às solicitações feitas por unidades de saúde nos 417 municípios da Bahia, sendo 51% em até 24 horas, 73% em até 48 horas e 82% em até 72 horas.

Em relação às alegações sobre as condições físicas do Hospital, atribuídas pelos familiares do paciente, informamos que são inverídicas. O Hospital zela pela adoção de protocolos de cuidado e higiene, visando a segurança e qualidade assistencial de seus pacientes e colaboradores.

Ressaltamos que, entre janeiro e abril deste ano, o Hospital realizou 8.726 atendimentos aos pacientes de toda a região, mantendo bons indicadores assistenciais, sem intercorrências relacionadas às condições hospitalares. Reiteramos que mantemos um compromisso contínuo com a qualidade dos serviços prestados".