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Esther Morais
Publicado em 24 de novembro de 2025 às 09:56
Um dos maiores nomes do reggae, Jimmy Cliff, que morreu nesta segunda-feira (24), tinha uma intensa ligação com a música, a arte... e a Bahia. O astro fez várias visitas à capital baiana na década de 80, teve uma filha nascida e criada aqui e conheceu a ex-companheira, a artista plástica brasileira Sônia Gomes por meio de Margareth Menezes. >
O jamaicano, inclusive, escolher Gilberto Gil para abrir todos os seus shows na 1980 e logo. Em Salvador não foi diferente. O estádio lotou para o encontro de Gil e Cliff, que também aconteceu em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. >
Veja fotos de Jimmy Cliff na Bahia
O palco ficava voltado para o gol e quando Bahia e Jamaica se encontraram no palco, o público foi à loucura. Aquela não foi a última vez de Jimmy Cliff na Bahia, nem na Fonte Nova. >
Em 1990, voltou a Salvador para o Festival de Música e Arte Olodum (Femadum). Depois, voltou em 1991, vestiu abadá de bloco, curtiu Carnaval e até vestiu a camisa do Bahia, como contou Ivan Dias Marques aqui. Na verdade, ele foi à Fonte Nova e assistiu a duas partidas - uma do Bahia e outra do Vitória. Em 1992, em mais um encontro com o Olodum, nasceu Samba Reggae.>
Com uma foto do cantor vestindo a camisa do time, o Bahia publicou hoje (24) uma homenagem para Cliff e lamentou sua partida. "Com grande pesar, o Esquadrão lamenta o falecimento do jamaicano-tricolor Jimmy Cliff, um dos maiores reggaemans da história, que abraçou nosso clube após inúmeras vindas a Salvador. Pai da cantora baiana Nabiyah Be, homenageada pelo Bahêa na campanha #BahiaDasArtes em agosto. Descanse em paz, mestre", declarou o clube, em nota nas redes sociais.>
Além das parcerias musicais, ele teve outros frutos na Bahia. Um deles, sua filha, Nabiyah Be, com quem teve durante a relação com a artista plástica brasileira Sônia Gomes. Mais um fato aleatório? O casal foi apresentado por Margareth Menezes. >
"A Margareth Menezes apresentou meus pais e eles se conheceram em uma cerimônia de ayahuasca na praia, em Salvador. Sou fruto dessa união sagrada", disse a filha do casal em entrevista para um podcast. >
"Minha mãe, engravida do meu pai, decide não criar uma filha negra em São Paulo e migra para Salvador... [Jimmy] morou conosco até os meus 9, 11 anos por aí", contou.>
Nabiyah decidiu seguir os passos dos pais e se tornou uma artista, com participação em produções como Pantera Negra. Ela se mudou ainda jovem, quando tinha 18 anos, para Nova Iorque, onde participou de diversas peças teatrais. >