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Wendel de Novais
Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 10:05
A dor da perda e o pedido por justiça marcaram o desabafo de Drycka Santana, irmã de Rhianna, jovem trans de 18 anos morta após ser estrangulada com um “mata-leão” por um motorista de aplicativo em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia. Em publicações nas redes sociais, Drycka relembrou os alertas que fazia à irmã e lamentou a forma brutal como ela foi assassinada. >
“Tinha um lindo futuro pela frente, mas não escutou nossos conselhos. Eu sempre repetia a mesma frase: ‘Sai fora dessas amizades, elas vão te derrubar’, e realmente derrubou. Depois de quase um mês que aconteceu aquela briga, chega alguém e simplesmente te mata. Que todos os culpados paguem, porque eu tenho a certeza que não foi só um”, escreveu.>
Veja quem é a jovem morta com 'mata-leão' por motorista de app
O motorista, de 19 anos, se apresentou na delegacia da cidade, confessou que aplicou o golpe de estrangulamento em Rhianna após uma discussão e afirmou ter agido em legítima defesa. À polícia, disse acreditar que a vítima teria feito um movimento para pegar algo na bolsa. Ele relatou ainda ter tentado reanimá-la depois que ela perdeu a consciência, mas ela não resistiu e morreu. Após prestar depoimento, o suspeito foi liberado e irá responder ao processo em liberdade.>
A liberação do motorista provocou revolta entre familiares, amigos e parlamentares. A deputada federal Érika Hilton denunciou o delegado responsável pelo caso, afirmando ser inconcebível que um suspeito de homicídio confessado deixe a unidade policial sem ser preso. A parlamentar também enviou ofícios ao Ministério Público, à Polícia Civil, à Secretaria de Segurança Pública e ao Governo da Bahia cobrando esclarecimentos sobre a decisão.>
Irmã de Rhianna desabafou nas redes sociais
Ainda muito abalada, Drycka descreveu o momento em que viu o corpo da irmã. “Acabei de ver minha irmã no caixão, a pior dor da minha vida. Está doendo tanto, tanto. Eu só quero justiça”, desabafou. O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que apura as circunstâncias do crime e possíveis envolvimentos de outras pessoas.>