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Passarinho por R$ 80 mil: preso na Bahia um dos maiores traficantes de aves silvestres do país

Esquema atuava em várias regiões da Bahia e outros estados

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 5 de setembro de 2025 às 12:47

Passarinhos eram revendidos por preços milionários
Passarinhos eram revendidos por preços milionários Crédito: Divulgação

Um homem foi preso nesta sexta-feira (5), em Salvador, suspeito de liderar um dos maiores esquemas de tráfico de animais silvestres do país. A prisão ocorreu durante a Operação Fauna Protegida, coordenada pelo Ministério Público da Bahia e realizada com apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar, em Salvador e em Mascote, no extremo-sul do estado.

Segundo as investigações, ele comandava uma organização criminosa de alcance interestadual, responsável pelo tráfico ilegal de centenas e até milhares de animais, principalmente aves como estevão, canário, chorão, papa-capim e trinca ferro. Há registros de venda de passarinhos de até R$ 80 mil. O suspeito, com mais de 20 anos de atuação no tráfico, já havia sido flagrado transportando 1.575 pássaros e centenas de jabutis, mas esta é a primeira vez que é preso por associação criminosa e lavagem de dinheiro.

MP e PM agiram juntos por Divulgação

Durante a operação, também foram cumpridos mandados de prisão preventiva contra um dos principais fornecedores do grupo e quatro mandados de busca e apreensão nos endereços residenciais dos envolvidos. Em um dos locais, foram encontrados dezenas de galos em situação de maus-tratos, criados para competições ilegais de rinhas.

As investigações indicam que a organização possuía estrutura organizada, com quatro núcleos distintos: captores e fornecedores, responsáveis pela captura e acondicionamento precário dos animais; transporte, encarregado de conduzir os animais até os pontos de venda; financeiro, que movimentava recursos obtidos com o tráfico; e destinatários e receptadores, principalmente em Salvador, que adquiriam os animais para revenda ou ostentação.

A operação envolveu Promotorias Regionais Ambientais de Ilhéus e Itabuna, Gaeco, Ceama, Abrampa, Ministério Público de Alagoas e diversas unidades da Polícia Militar. Ela também está alinhada ao projeto Libertas, de âmbito nacional, que busca fortalecer a atuação dos Ministérios Públicos no combate ao tráfico de fauna silvestre, promovendo articulação entre estados, capacitação de agentes e compartilhamento de informações sobre crimes envolvendo animais.