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Recompra da Refinaria de Mataripe não está nos planos da Petrobras, diz diretor da estatal

A refinaria baiana foi vendida em 2021 e é operada pela Acelen

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 8 de outubro de 2025 às 17:41

Refinaria de Mataripe
Refinaria foi vendida para o Grupo Mubadala Crédito: Divulgação

Em entrevista coletiva para anunciar investimentos da Petrobras na Bahia, Claudio Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados da estatal, falou sobre a possibilidade de recompra da Refinaria de Mataripe, localizada em São Francisco do Conde (BA). O diretor reconheceu a importância do equipamento, evitou criticar a privatização e explicou como a Petrobras vê a possibilidade de voltar a controlar a refinaria. 

Claudio Schlosser atuou como gerente geral quando a refinaria ainda era batizada de Landulpho Alves (RLAM), onde trabalhou durante nove anos. "A RLAM está no coração de todos os petroleiros. É a nossa primeira refinaria de porte, então, temos um carinho muito especial por ela", afirmou o diretor. Claudio Schlosser afirmou que, por enquanto, não há definição para a recompra da unidade, que foi fundada em 1950, antes mesmo da criação da estatal. 

"Nós não podemos antecipar qualquer tipo de movimento. Estamos discutindo o planejamento estratégico da companhia. No planejamento 2025-2029, não consta, dentro dos nossos projetos, a aquisição da refinaria. Todas as discussões ou eventuais investimentos da companhia estão sendo tratados do âmbito do novo planejamento estratégico, que deverá ser lançado em novembro", disse. 

O diretor explicou ainda que o planejamento da companhia é atualizado anualmente. Portanto, não significa dizer que a recompra está fora dos planos da companhia até 2029. "O planejamento estratégico é feito de cinco em cinco anos, e o vigente corresponde a 2025-2029. Ele será reeditado, a cada ano, quando reavaliamos nossas estratégias com relação às oportunidades que se apresentam para a companhia", completou. 

A unidade foi vendida em 2021 para a multinacional Acelen, empresa do fundo de investimentos Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos, por US$ 1,65 bilhão. A refinaria possui capacidade para processar mais de 300 mil barris de petróleo por dia, sendo a segunda maior do país. 

Investimentos 

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e executivos da companhia participaram de coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (8), para anunciar investimentos da estatal na Bahia. Entre os anúncios está a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-BA), que voltará a produzir ureia brasileira.

A expectativa é que a Fafen atenda 80% da demanda baiana por fertilizantes com a retomada. Juntas, a Fafen da Bahia e Sergipe, deverão fazer com que a Petrobras responda por cerca de 20% da demanda nacional por fertilizantes nitrogenados. A produção deverá começar no início do ano que vem. 

A construção de seis embarcações no Estaleiro Enseada, em Maragogipe, no recôncavo baiano, também foi detalhada pela presidente da Petrobras. "Nós trabalhamos para diversificar os estaleiros como garantia de fornecimento e minimização dos riscos envolvidos. Por isso, estamos alocando seis barcos de apoio para serem construídos na Bahia", disse Magda Chambriard. A presidente participou da coletiva por videoconferência e não esteve presente no momento em que os jornalistas foram autorizados a fazer perguntas. 

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), por meio do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), aprovou a liberação de R$ 2,97 bilhões para a construção de navios que serão utilizados na operação da Petrobras. A expectativa é que a construção dos equipamentos contribua para a geração de cerca de 5 mil empregos diretos. A estatal não fazia a contratação de embarcações desse tipo desde 2016.