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'Sempre por facilitação': Secretário da Seap é criticado por fala sobre fugas em presídios baianos

Declaração foi duramente criticada por sindicato de agentes penais da Bahia

  • Foto do(a) author(a) Yan Inácio
  • Yan Inácio

Publicado em 11 de novembro de 2025 às 16:08

Secretário José Castro foi criticado após nomeação de ex-presidiário
Secretário José Castro foi criticado após nomeação de ex-presidiário Crédito: Divulgação

O secretário da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap), José Castro, foi duramente criticado após dizer, em entrevista a um programa de TV local, que as fugas nos presídios do sistema prisional baiano só acontecem por serem facilitadas por agentes penais.

Durante a entrevista, realizada no Complexo Penitenciário da Mata Escura, Castro também afirmou que as cadeias da Bahia são seguras e não apresentam falhas estruturais. “Os presídios da Bahia são seguros. Quando ocorre alguma fuga, não houve nenhuma falha estrutural, é sempre uma facilitação humana”, disse o secretário.

A fala foi rebatida pelo Sindicato dos Policiais Penais e Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (Sinppspeb). Em nota, a entidade sindical declarou que as falas do secretário “não condizem com a realidade vivenciada no sistema prisional baiano” e que boa parte das unidades prisionais do estado estão “gravemente sucateadas”.

“Esse discurso é um misto tosco e pútrido de má fé, cinismo e descaso com a realidade da Administração penitenciária do Estado da Bahia, pois as unidades prisionais tem graves problemas de diversas ordens que lamentavelmente ocasionam em fugas que tão gravemente aterrorizam a população baiana e a segurança pública do Estado”, observou o sindicato.

Daniel Costa Lima, Lucas Conceição dos Santos e Paulo Ricardo Santos da Silva fugiram na manhã desta terça-feira (21) do Complexo Penal de Feira de Santana por Reprodução/Redes sociais

A entidade também citou problemas estruturais como a falta de monitoramento por câmera, de telamento aéreo para evitar arremessos de materiais ilícitos e de vigilância perimetral. O sindicato também argumentou que há um déficit no efetivo de policiais penais, que desrespeita a proporção de um agente para cinco internos por unidade prisional.

Uma reportagem do CORREIO apontou que pelo menos 30 reeducandos já fugiram e sete ações de fuga foram registradas em presídios na Bahia entre dezembro de 2024 e outubro deste ano. Destes, apenas cinco foram recapturados e um morreu. A reportagem pediu um posicionamento para a Seap a respeito das fugas e buscou saber as possíveis medidas que estão sendo adotadas para prevenir novos casos. Mas não houve retorno.