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Advogado se nega a assinar termo para dizer a verdade em depoimento

De acordo com a PF, Nelson Wilians teria envolvimento em transações ilícitas com um dos beneficiários das fraudes do INSS

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 18 de setembro de 2025 às 19:30

Advogado Nelson Wilians se manteve em silêncio no depoimento
Advogado Nelson Wilians se manteve em silêncio no depoimento Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado

Alvo de operação da Polícia Federal (PF) por suspeita de participação nas fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o advogado Nelson Wilians se negou a assinar o termo no qual se comprometeria a dizer a verdade em seu depoimento à CPMI do INSS, que aconteceu nesta quinta-feira (18).

De acordo com a investigação da PF, ele teria envolvimento em transações ilícitas com o empresário Maurício Camisotti que é apontado como um dos beneficiários finais dos descontos ilícitos a aposentados.

Wilians conseguiu um habeas corpus deferido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, que lhe permitiu ficar em silêncio durante o depoimento. Ainda assim, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) perguntou se ele gostaria de prestar o compromisso voluntariamente, mas o advogado se negou.

"Este que aqui está, assim como todos, abomina o que aconteceu. É abominação. Lesar um aposentado já é, por si só, um crime gravíssimo, um aposentado", afirmou Nelson Wilians. Em seguida, disse que usaria o seu direito de ficar em silêncio.

Antes de se negar a responder, ainda na sua apresentação, o advogado falou que não conhece Antônio Carlos Camilo Antunes, que ficou conhecido como "Careca do INSS", mas revelou que tem relação de amizade com Camisotti, que foi seu cliente. Wilians movimentou R$ 4,3 bilhões em operações suspeitas entre 2019 e 2023, de acordo com relatórios de inteligência financeira.

Ainda segundo a PF, declarações públicas dadas pelo advogado após serem divulgadas informações de transações entre ele e Camisotti acabaram colocando-o sob suspeita. "As justificativas apresentadas variam entre alegadas operações imobiliárias - inexistentes nos bancos de dados oficiais - e supostos honorários adiantados, os quais não foram identificados nas contas pessoais ou empresariais de ambos", aponta a investigação.

Após o depoimento, o relator da CPMI, o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), revelou que Wilians sai como um “provável investigado”. "As suas respostas evasivas mostram uma ausência de explicação sobre coisas simples. [...] Chega aqui como uma testemunha e sai daqui como um provável investigado pela CPMI. Não havia razão para, em muitas das perguntas, ele ter como resposta esse silêncio. O silêncio dele falou muito alto", afirmou Gaspar.