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Carol Neves
Publicado em 26 de setembro de 2025 às 14:23
O ministro do Turismo, Celso Sabino, confirmou nesta sexta-feira (26) sua saída do governo federal, oficializando a entrega da carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão atende à determinação do União Brasil, partido ao qual é filiado, que obrigou seus quadros a deixarem cargos na gestão petista em até 24 horas. >
Apesar do pedido, Sabino permanecerá no posto até a próxima quinta-feira (2). Ele relatou que o próprio Lula pediu para que seguisse no cargo até acompanhá-lo em Belém, em um evento de entrega de obras preparatórias para a COP30.>
"Tive uma conversa hoje com o presidente da República, em virtude da decisão do partido ao qual eu sou filiado tomou, de deixar o governo, e vim hoje aqui cumprir o meu papel, entreguei ao presidente a minha carta e o meu pedido de saída do Ministério do Turismo, cumprindo a decisão do meu partido", declarou Sabino.>
"A minha vontade clara é continuar o trabalho que a gente vem fazendo, a gente tem um trabalho de diálogo mantido, e hoje o presidente assinou com essa possibilidade de ampliar esse diálogo junto com o partido União Brasil para gente ver quais serão as cenas dos próximos capítulos", acrescentou.>
O ministro já havia sinalizado sua saída na semana anterior, quando a legenda definiu, em resolução aprovada em 18 de setembro, que seus filiados deveriam entregar os cargos ocupados no governo. O texto, aprovado pela executiva nacional, prevê inclusive punições disciplinares para quem descumprir a medida, como a expulsão.>
Desde que o União Brasil acelerou o processo de desembarque do governo, Sabino manifestava desejo de permanecer no cargo ao menos até novembro, quando Belém sediará a COP30, mas acabou decidindo pela demissão.>
Celso Sabino, eleito deputado federal pelo Pará, deve reassumir o mandato na Câmara após dois anos à frente do Turismo. >