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Fernanda Varela
Publicado em 15 de novembro de 2025 às 08:31
O Brasil entra em um período de alerta climático com a formação de um ciclone extratropical entre domingo, dia 16 de novembro, e segunda, dia 17. O sistema nasce a partir de um centro de baixa pressão no centro da Argentina e ganha força ao avançar para o oceano Atlântico, onde se associa a uma frente fria capaz de intensificar tempestades em diferentes regiões.>
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Segundo previsões do CPTEC Inpe e da Meteored, o encontro entre ar frio e ar quente e úmido cria as condições ideais para nuvens de grande desenvolvimento, granizo, chuvas torrenciais e ventos intensos. Entre domingo e terça, a rota de instabilidade deve atingir Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais, em especial o sul e o Triângulo Mineiro.>
No Rio Grande do Sul, os efeitos começam já no domingo e seguem até a segunda. Em Santa Catarina, a ventania e a chuva ganham força a partir da noite de domingo. No Paraná e no Mato Grosso do Sul, a segunda-feira deve ser marcada por tempestades mais fortes. Em São Paulo, as instabilidades avançam entre segunda e terça, enquanto Minas Gerais sente os efeitos do sistema na terça.>
A expectativa é de chuva extrema entre o sul do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná a partir de segunda. No Mato Grosso do Sul, acumulados podem chegar a 200 mm e gerar alagamentos. Santa Catarina, Paraná e o interior paulista também podem registrar volumes acima de 100 mm.>
A ventania acompanha o avanço do sistema. Entre domingo e segunda, rajadas de 50 a 80 km/h atingem Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Na sequência, os ventos se espalham pelo Sudeste e Centro Oeste, com possibilidade de 100 km/h em áreas isoladas. Na Grande São Paulo, rajadas podem chegar a 70 km/h.>
Com a previsão de três ciclones atuando ao longo de novembro, as regiões Sul e Sudeste devem enfrentar queda brusca nas temperaturas e sucessivas ondas de instabilidade. O cenário exige monitoramento constante e atenção especial em áreas vulneráveis a alagamentos, deslizamentos e cortes de energia.>