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Desembargador que relata processo envolvendo TH Joias é preso pela PF

Macário Ramos Júdice Neto foi detido em casa, na Barra da Tijuca, na 2ª fase da Operação Unha e Carne, autorizada por Alexandre de Moraes

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 16 de dezembro de 2025 às 07:58

Macário Ramos Júdice Neto
Macário Ramos Júdice Neto Crédito: Reprodução

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (16) o desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, integrante do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). A detenção ocorreu na residência do magistrado, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, durante a segunda fase da Operação Unha e Carne, que apura o vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun.

Segundo o portal G1, Macário foi o juiz responsável por expedir, em setembro, o mandado de prisão do então deputado estadual TH Joias, alvo central da Operação Zargun. Nesta nova etapa da investigação, os agentes cumprem um mandado de prisão e dez de busca e apreensão, todos expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Também há diligências no Espírito Santo.

Entre os alvos das buscas está o deputado estadual licenciado Rodrigo Bacellar (União Brasil), que havia sido preso na primeira fase da operação e acabou solto por decisão do plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

TH Joias por Reprodução

A Operação Unha e Carne ganhou força no início do mês, quando Bacellar, então presidente da Alerj, foi chamado para o que seria “uma reunião” com o superintendente da PF no Rio, Fábio Galvão. Ao chegar, recebeu voz de prisão e teve o celular apreendido. No veículo dele, os policiais encontraram R$ 90 mil em dinheiro vivo.

Segundo a Polícia Federal, Bacellar é suspeito de ter repassado informações confidenciais da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que resultou na prisão de Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias. Ele foi detido sob suspeita de tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, além de investigar-se sua atuação na negociação de armas para o Comando Vermelho (CV). TH havia assumido o mandato em junho, mas perdeu o cargo após a prisão.

O mandado contra Bacellar também foi determinado por Alexandre de Moraes, que ordenou ainda seu afastamento da presidência da Alerj. Na decisão, o ministro afirmou haver “fortes indícios” da participação do parlamentar em uma organização criminosa. Segundo Moraes, Bacellar atuaria pela “obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo Estadual”.

Um dia antes da Operação Zargun, Bacellar teria telefonado para TH Joias para alertá-lo sobre a existência de mandados judiciais e orientá-lo a destruir provas. O ourives chegou a organizar uma mudança às pressas.

“Os fatos narrados pela Polícia Federal são gravíssimos, indicando que Rodrigo Bacellar estaria atuando ativamente pela obstrução de investigações envolvendo facção criminosa e ações contra o crime organizado, inclusive com influência no Poder Executivo estadual, capazes de potencializar o risco de continuidade delitiva e de interferência indevida nas investigações da organização criminosa”, escreveu Moraes.

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rio de Janeiro