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"Desumano": passageiros vivem pesadelo após voo da Azul ser cancelado quatro vezes

Brasileiros relatam fome, falta de hotel e abandono após série de cancelamentos; advogados prometem processar companhia aérea

  • Foto do(a) author(a) Flavia Azevedo
  • Flavia Azevedo

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 16:30

Avião da Azul
Avião da Azul Crédito: Valter Campanato/Agência Brasil

O que era para ser o fim tranquilo de uma viagem virou um pesadelo para os passageiros do voo AD8755, da Azul Linhas Aéreas, que deveria sair de Madri rumo a Viracopos (Campinas) no sábado (11). A aeronave teve o embarque interrompido por um problema técnico e, depois de quase três horas a bordo, todos precisaram desembarcar. Desde então, o grupo — cerca de 300 pessoas — enfrentou ao menos quatro cancelamentos e segue sem assistência adequada, segundo relatos.

Os viajantes afirmam ter ficado sem alimentação e sem lugar para dormir. Um hotel que havia sido indicado pela companhia chegou a expulsá-los, exibindo um cartaz que dizia: “Passageiros da Azul Linhas Aéreas Brasileiras precisam ir para o aeroporto.” Muitos acabaram passando horas no chão do terminal, sem informações.

Avião da Azul na pista do aeroporto de Brasília após a suspeita de bomba por Reprodução/ Globo News

Entre os afetados está o advogado Gustavo Luiz de Faria Mársico, de Ribeirão Preto, que voltava ao Brasil com a esposa, a oftalmologista Fernanda Mársico, após a lua de mel. “Foi desumano. Ficamos três horas dentro do avião e depois horas sem comer, sem assistência. Tinha gente com muleta, famílias com crianças de colo, e ninguém da Azul apareceu para dar satisfação”, relatou ao Estadão.

O casal só conseguiu retornar ao país após insistência, realocado em um voo da Latam. Outros passageiros ainda aguardam uma solução. Mársico afirma que vai processar a companhia pelos danos materiais e morais sofridos.

Em nota, a Azul confirmou o cancelamento “por questões técnicas” e disse que os clientes “estão recebendo a assistência prevista na Resolução 400 da Anac”. A empresa declarou ainda que “lamenta eventuais transtornos” e destacou que medidas como a manutenção são “necessárias para garantir a segurança das operações”.

Siga no Instagram: @flaviaazevedoalmeida

Por Flavia Azevedo, com agências