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Fiocruz vai produzir canetas emagrecedoras no Brasil

Parceria com a farmacêutica EMS foi firmada nesta quinta-feira (7)

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Foto do(a) author(a) Agência Brasil
  • Elaine Sanoli

  • Agência Brasil

Publicado em 7 de agosto de 2025 às 17:24

Ozempic
Ozempic Crédito: Shutterstock

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai começar a produzir medicamentos utilizados no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. As substâncias liraglutida e semaglutida são princípios ativos das "canetas emagrecedoras". O acordo a farmacêutica EMS foi oficializado nesta quinta-feira (7), em Brasília.

A liraglutida e semaglutida são substâncias que auxiliam no controle da glicose no organismo. As medicações que as contém, a exemplo do Ozempic e Wegovy, ficaram conhecidas como "canetinhas emagrecediras", por atuarem também na perda de peso.

Em nota conjunta, a Fiocruz e a EMS informaram que os acordos estabelecem a transferência de tecnologia da síntese do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e do medicamento final para Farmanguinhos, unidade técnico-científica da Fiocruz. Por isso, a produção será feita, inicialmente na fábrica da EMS em Hortolândia, em São Paulo. Após transferência do aparto tecnológico para Complexo Tecnológico de Medicamentos de Farmanguinhos, o medicamento será feito no Rio de Janeiro.

Alta eficácia

“As injeções subcutâneas oferecem uma abordagem de alta eficácia e são consideradas inovadoras para o tratamento de diabetes e obesidade, marcando mais um avanço significativo da indústria nacional no desenvolvimento de soluções de alta complexidade”, destacou o comunicado.

Para a EMS, os acordos representam um marco histórico para a indústria farmacêutica brasileira. A Fiocruz destacou que unir forças com parceiros públicos e privados permite somar excelência e inovação e ampliar seu portfólio de produção.

A Farmanguinhos citou que a produção inaugura a estratégia da Fiocruz de se preparar também para a produção de medicamentos injetáveis, com a possibilidade de incorporação de uma nova forma farmacêutica, além de fortalecer o Complexo Econômico-Industrial da Saúde.

Controle

Desde junho, farmácias e drogarias começaram a reter receitas de canetas emagrecedoras. Além da semaglutida e da liraglutida, a categoria inclui ainda a dulaglutida, a exenatida, a tirzepatida e a lixisenatida.

A decisão por um controle mais rigoroso na prescrição e na dispensação desse tipo de medicamento foi tomada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril e entrou em vigor 60 dias após a publicação no Diário Oficial da União.

Em nota, a agência informou que a medida tem como objetivo proteger a saúde da população brasileira, “especialmente porque foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas pela Anvisa”.

Uso indiscriminado

A retenção do receituário de canetas emagrecedoras era defendida por entidades como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.

Em nota aberta, elas citam que o uso indiscriminado desse tipo de medicamento gera preocupações quanto à saúde da população e ao acesso de pacientes que realmente necessitam desse tipo de tratamento.

“A venda de agonistas de GLP-1 sem receita médica, apesar de irregular, é frequente. A legislação vigente exige receita médica para a dispensação destes medicamentos, porém, não a retenção da mesma [receita] pelas farmácias. Essa lacuna facilita o acesso indiscriminado e a automedicação, expondo indivíduos a riscos desnecessários”, destacou o documento.