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Wendel de Novais
Publicado em 31 de dezembro de 2025 às 13:28
Um dos garçons envolvidos na confusão que terminou com a agressão a um casal de turistas na praia de Porto de Galinhas, no Grande Recife, divulgou sua versão dos fatos e afirmou que também foi vítima de violência. Em vídeo publicado nas redes sociais, o trabalhador relatou que teria sido atacado por um dos clientes no momento em que realizava a cobrança de R$ 80 pelo aluguel de três cadeiras e um guarda-sol.
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“Ele [turista] me agrediu, deu um mata-leão em mim. Primeiro, ele deu um tapa no cardápio, depois eu empurrei”, disse o garçom em gravação divulgada no Instagram. À TV Globo, Erivaldo dos Santos afirmou que não participou do atendimento inicial ao casal Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, mas acabou se envolvendo ao ser designado para fazer a cobrança.>
Confusão terminou com turistas agredidos por barraqueiros
Segundo o relato, a discussão começou quando ele tentou apresentar o cardápio. “Eu peguei o cardápio, quando fui mostrar o cardápio para ele, ele deu um tapa no cardápio, pegou em mim. Aí foi quando eu virei, empurrei ele. Quando eu empurrei, ele veio para cima de mim, vieram os dois, foi dois contra um. Como um caiu por cima de mim, eu caí de costas e não vi mais nada”, contou.
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O garçom afirmou ainda que outros barraqueiros se aproximaram ao perceberem que ele estava caído no chão, momento em que a confusão teria se agravado e as agressões contra os turistas se intensificado. Já o casal, que é do Mato Grosso, divulgou um vídeo nas redes sociais nesta terça-feira (30) para rebater a versão apresentada pelos trabalhadores da barraca>
Johnny Andrade e Cleiton Zanatta negaram que estivessem embriagados e afirmaram que levaram apenas meio litro de whisky para consumo próprio, justamente para não gastar no local. Eles também disseram que não se recusaram a pagar o valor combinado pelo aluguel das cadeiras e do guarda-sol, acrescentando que o pagamento foi feito enquanto estavam no hospital.
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Diante da repercussão do caso, a Prefeitura de Ipojuca determinou a suspensão temporária das atividades da barraca onde ocorreu a agressão. O estabelecimento ficará fechado por uma semana, e os funcionários envolvidos foram afastados de forma preventiva até a conclusão das investigações.>
Turistas e barraqueiros divergem sobre a confusão
Além da interdição, a Polícia Civil de Pernambuco realizou um pente-fino na praia e intimou os barraqueiros envolvidos a prestar depoimento. Segundo a polícia, pelo menos 14 pessoas já foram identificadas e são investigadas por possível participação em práticas de extorsão e nas agressões contra os turistas.
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