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Millena Marques
Publicado em 6 de outubro de 2025 às 12:04
Três postos do Corinthians funcionam em endereços que pertencem a alvos da Operação Carbono Oculto, que investiga um esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis. Os estabelecimentos aparecem na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e foram divulgados pelo próprio clube em seu site. As informações são do g1 São Paulo. >
Em nota, o Corinthians disse que não administra diretamente os estabelecimentos e que eles são operados por uma empresa licenciada, que é responsável por intermediar o contrato com donos de postos para veicularem a marca do time. O clube, que não citado na operação, disse que acompanha as investigações e que poderá adotar medidas jurídicas em relação aos contratos, caso necessário. >
Quinze investigados pela Justiça de São Paulo por suspeita de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC) são sócios de 251 postos de combustíveis em quatro estados do país, a maioria em São Paulo. A maioria dos postos (233) fica em São Paulo, principalmente na Grande SP e na Baixada Santista. Outros 15 estão em Goiás, 1 em Minas Gerais e 2 no Paraná. >
Quase metade (127) dos postos de gasolina opera sem bandeira, enquanto os demais estão vinculados a Ipiranga (52), Rodoil (33), BR Petrobras (29) e Shell (12). Nenhuma dessas distribuidoras foi alvo direto da operação. Segundo as investigações, o PCC usa os postos de combustíveis para lavar dinheiro de outros crimes. >
Os números foram identificados em um cruzamento feito pelo G1 entre dados da Operação Carbono Oculto e a lista de estabelecimentos ativos da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Para chegar ao número de 251 estabelecimentos, o G1 cruzou os nomes de alvos que tiveram mandados de prisão e busca autorizados pela Justiça na Operação Carbono Oculto com a base pública da Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável pelo registro de postos ativos. >
O Ministério Público de São Paulo não informou se todos os 251 postos estão sob investigação, alegando sigilo. A Receita Federal afirmou que mais de mil estabelecimentos chegaram a ser utilizados pelo esquema criminoso, mas não divulgou a lista. >
Carretas deixadas na Bahia>
No dia seguinte à megaoperação que mirou um esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) envolvendo postos de gasolina e lavagem de dinheiro por meio de fintechs, ao menos 22 carretas de empresas alvo da investigação, carregadas com combustível, foram abandonadas em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), no dia 29 de agosto. >
Carretas em posto na Bahia
De todos os conjuntos, 13 pertencem à G8Log, empresa de fachada usada para “ocultar e blindar a frota de veículos e para a lavagem de capitais”, segundo a investigação realizada pela Polícia Federal (PF), Ministério Público de São Paulo (MPSP) e Receita Federal.>