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Carol Neves
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 12:49
Quatro advogados suspeitos de integrar o núcleo jurídico do Comando Vermelho no Amazonas foram presos pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (6), em Manaus. A ação faz parte de um desdobramento da Operação Xeque-Mate, que investiga a atuação da facção dentro e fora dos presídios, com ramificações interestaduais e até internacionais. >
De acordo com a investigação, os profissionais funcionavam como elo entre os líderes do grupo criminoso e os integrantes presos, repassando bilhetes, ordens e recursos financeiros. A apuração aponta que os advogados simulavam o exercício da advocacia para manter ativa a estrutura do CV, coordenar represálias e facilitar o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.>
115 Mortos na Megaoperação do Policia do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho
A Polícia Federal cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão em endereços residenciais e escritórios de advocacia em Manaus. Foram apreendidos carros, dinheiro, computadores e documentos.>
As investigações indicam que o grupo mantinha contato direto com Alan do Índio, apontado como um dos principais conselheiros do Comando Vermelho. Ele está foragido desde a megaoperação realizada no Rio de Janeiro há cerca de dez dias, que resultou em 121 mortes.>
Segundo o portal G1, os quatro advogados atuavam repassando determinações dos 13 “conselheiros” que controlariam o tráfico no Estado. Esses líderes estariam sediados no Rio de Janeiro e em países da América do Sul. Além de articular as ordens internas, os profissionais também seriam responsáveis por coordenar a logística do transporte de drogas vindas da Colômbia e pela lavagem de dinheiro.>
A Comissão de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi acionada para acompanhar a ação. A entidade informou que só se pronunciará oficialmente após a conclusão da operação.>