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Saiba quais são 32 postos de combustível interditados em operação que apura ligação com o PCC

Estabelecimentos estão em Piauí, Maranhão e Tocantins

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 5 de novembro de 2025 às 19:39

 Operação Carbono Oculto 86
Operação Carbono Oculto 86 Crédito: Divulgação

Durante ações da Operação Carbono Oculto 86, ao menos 49 postos de combustíveis foram interditados em cidades dos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), a operação investiga a infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis. A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em residências e empresas ligadas aos principais investigados, além de realizar o bloqueio de bens e contas bancárias das empresas listadas, na manhã desta quarta-feira (5).

Segundo as investigações, o grupo paulista utilizava uma complexa rede de empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para lavar dinheiro, fraudar o mercado de combustíveis e ocultar patrimônio. Tradicionalmente ligado ao tráfico e à lavagem de dinheiro, o PCC teria expandido sua atuação para o setor de combustíveis, utilizando “laranjas” para movimentar milhões de reais em operações suspeitas. Além da lavagem de dinheiro, a investigação detectou um padrão de fraudes graves: adulteração de combustíveis, prática que causa prejuízo direto ao consumidor, riscos à segurança e evasão fiscal.

Operação Carbono Oculto 86 por Divulgação

De acordo com informações do G1 PI, a lista dos postos interditados inclui:

Teresina

  1. Posto HD 06 – Buenos Aires
  2. Posto HD 14 / Posto Diamante 14 – Zoobotânico
  3. Posto HD 05 – Mafrense
  4. Posto HD 03 – São Raimundo
  5. Posto HD 13 – Fátima
  6. Posto HD 09 – Santa Isabel
  7. Posto HD 01 – Noivos
  8. Posto HD 10 / Posto Diamante 10 – Centro
  9. Posto HD 19 – São Sebastião
  10. Posto HD 18 – Itararé
  11. Posto HD 02 – São Raimundo
  12. Posto HD 04 – Dirceu II
  13. Posto HD 08 / Posto Diamante 08 – Cidade Nova
  14. Posto HD 07 / Posto Diamante 07 – Santo Antônio
  15. Posto HD 20 – Angelim
  16. HD Petróleo Premium Ltda – Parque Itararé

Parnaíba

  1. Posto HD 27 – Av. São Sebastião (Planalto Monteserra)
  2. Posto HD 34 – Av. Deputado Pinheiro Machado (bairro Piauí)

Altos

  1. Posto HD 32 – BR-343, Km 302 (zona rural)
  2. Posto HD 17 / Posto Diamante 17 – BR-343, Km 314 (Buritizinho)

Lagoa do Piauí

  1. HD TRR – Av. José Soares da Silva, 759
  2. Posto HD 11 – Av. José Soares da Silva, 659

Picos

  1. Posto HD 24 / Posto Diamante 24 – BR-316, Km 303, bairro Altamira
  2. Posto HD 22 / Posto Diamante 22 – BR-316, Km 307, bairro Altamira

Canto do Buriti

  1. Posto HD 21 / Posto Diamante 21 – PI-141, Km 657, zona rural
  2. Posto HD 29 – PI-141, Km 04, zona rural

Uruçuí

  1. Posto HD 26 – PI-247, Km 23, zona rural

Oeiras

  1. Posto HD 15 / Posto Diamante 15 – Av. Transamazônica, bairro Rodagem de Picos

Miguel Leão

  1. Posto HD 16 / Posto Diamante 16 – BR-316, Vila Cruz do Paiva

São João da Fronteira

  1. Posto HD 33 – BR-222, Km 05, Tucunzal

Demerval Lobão

  1. Posto HD 12 – Av. Padre Joaquim Nonato, 13, Centro

Dom Inocêncio

  1. Posto HD 23 / Posto Diamante 23 - Gleba Gleba de Terras em Umbuzeiro Velho

Investigação

Segundo a SPP-PI, a investigação teve início após a venda da Rede de Postos HD para a Pima Energia Participações Ltda, empresa criada apenas seis dias antes da assinatura dos contratos.

Há indícios de que a compradora funcionava como empresa de fachada, ligada ao Jersey Fundo de Investimento em Participações e à Altinvest Gestão de Recursos — nomes já citados na Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Receita Federal e pelo Ministério da Justiça em agosto de 2025, que desmantelou um esquema de R$ 52 bilhões comandado por integrantes do PCC no setor de combustíveis.

De acordo com a Polícia Civil, apesar da venda, os postos continuaram sendo administrados pelos antigos proprietários. Além disso, as novas empresas eram formalmente chefiadas por ex-funcionários dos mesmos empresários — pessoas com perfil socioeconômico incompatível com o de donos de holdings milionárias.

As autoridades já mapearam mais de 70 empresas envolvidas no esquema, incluindo postos, construtoras, distribuidoras, transportadoras e fintechs.

As provas reunidas pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Piauí (LAB-LD/PC-PI) confirmam que os fundos e empresas que compraram os postos piauienses estão diretamente vinculados aos alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada em São Paulo.

Entre os nomes em comum está Rogério Garcia Peres, gestor da Altinvest, apontada como uma das principais fintechs usadas pelo PCC para movimentar recursos de origem ilícita.

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