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Elaine Sanoli
Publicado em 27 de julho de 2025 às 13:00
Seja whey, creatina, cafeína, ômega 3 ou outras alternativas: a lista de suplementos disponíveis nas prateleiras das lojas e sites especializados é extensa. Para quem tem uma rotina de treinos ou de práticas esportivas, o uso de substâncias para incrementar vitaminas e nutrientes necessários para fazer o corpo se desenvolver de forma saudável, além de parecer tentador, é uma mão na roda. Mas será que todos os produtos disponíveis no mercado funcionam mesmo? E será que todo mundo precisa deles? >
Segundo o nutricionista clínico e esportivo Hugo Oliveira, é preciso compreender que não existe uma fórmula pronta. Para quem corre, treina ou pratica esportes, a abordagem é diferente e precisa considerar as especificidades de cada caso.>
"É preciso levar em consideração as individualidades. Para algumas modalidades você vai precisar de um tipo de suplemento e para outras de outro. Por exemplo, para modalidades de longa duração, como corridas de mais de uma hora, a gente usa a suplementação de carboidratos, isotônicos, que são repositores de eletrólitos, vitaminas e minerais. Já quem faz musculação precisa de energia mais rápida, então, a creatina é mais eficaz", explica o especialista, que alerta para a importância de sempre manter o acompanhamento com um profissional capacitado para orientar sobre a dieta.>
Nos casos em que a creatina ou o whey protein são necessários, é preciso, ainda, tomar cuidado com a qualidade do produto. Com um mercado repleto de opções, vale apostar em marcas de alta reputação, além de escolher com cautela o local de aquisição do produto. "É preferível sempre comprar nos sites e marcas de confiança. Existem marcas mais confiáveis no mercado, como a Growth, Max Titanium, Integral Médica, Vitafor ou Essential. É importante também evitar marketplaces pouco confiáveis e desconfiar de preços muito baixos", alerta Hugo.>
Além da marca, o rótulo do produto contém outra informação que deve ser analisada no momento da compra de um pote de whey ou de creatina: a composição. "A creatina precisa ser pura. Em algumas creatinas, há adição de maltodextrina, que é um carboidrato e não é o ideal. É bom que se olhe o rótulo e se veja sempre se é creatina pura. O whey também: um whey concentrado de qualidade tem que ter, no máximo, 6g de carboidrato por 30g de porção", informa.>
Antes mesmo de fazer o consumo de qualquer suplemento, é preciso entender que ele não é necessariamente uma obrigação. “Suplemento entra quando a gente não consegue bater a meta de algum nutriente com alimentação”, explica Hugo.>
A inserção da suplementação é recomendada para casos em que, por exemplo, uma agenda apertada impossibilite o consumo do quantitativo adequado para a rotina da pessoa. É uma demanda também quando já há um quadro de saúde deficitário em relação a determinados nutrientes.>
Suplementar sem orientação de um profissional pode sair caro e não somente para o bolso. “Ou você vai gastar dinheiro à toa, ou então vai trazer prejuízo para a sua saúde”, alerta. Hugo aponta que o excesso de vitamina D, por exemplo, pode causar intoxicação. Já a cafeína, se usada sem critério, pode provocar palpitações, desmaios e picos de pressão. “A única forma de saber se o suplemento vai funcionar é com acompanhamento profissional”, reforça o nutricionista.>