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Carol Neves
Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 11:09
Os trabalhadores dos Correios reivindicam um vale-refeição ou alimentação de R$ 2,5 mil, dividido em duas parcelas, enquanto a empresa alega não ter condições financeiras de arcar com o benefício, conhecido como “vale-peru”. Nesta segunda-feira, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) realizará uma nova tentativa de conciliação entre a estatal e os sindicatos para tentar evitar uma greve geral, prevista para começar na próxima terça-feira. As informações são de O Globo.>
A direção da empresa propôs prorrogar o acordo coletivo de trabalho, que vence nesta segunda, até 28 de fevereiro, mantendo as negociações abertas. A proposta será submetida às assembleias na terça-feira para que os trabalhadores decidam se aceitam ou rejeitam, possibilidade que aumentaria a pressão sobre as finanças da estatal. O movimento sindical, porém, está dividido, e a tendência é de rejeição caso não haja mudanças.>
Correios mudam CEPs dos bairros abaixo:
O acordo em vigor, firmado pela gestão anterior, venceu em julho e vem sendo prorrogado. Além do “vale-peru”, os sindicatos pedem reposição retroativa de salários e benefícios pela inflação e adicional de 70% nas férias, entre outros pontos. A proposta da direção que será apresentada às assembleias não inclui reajuste salarial nem o vale extra, mas mantém os demais benefícios até o fim de fevereiro.>
"Estamos negociando desde julho, o acordo venceu há seis meses, sem qualquer reajuste. A empresa alega que não tem condições de garantir a reposição da inflação, mas, se garantir o vale extra, levaríamos para as assembleias o encaminhamento de suspender o indicativo de greve e voltar a negociar em fevereiro no TST", disse Emerson Marinho, secretário-geral da Federação Nacional de Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect).>
Paralelamente, os Correios e o Tesouro Nacional avançam na negociação de um empréstimo de R$ 12 bilhões junto a Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O valor será liberado em três parcelas - R$ 6 bilhões ainda em 2025 e o restante em 2026 - com prazo de pagamento de 15 anos, três anos de carência e juros de 115% do CDI ao ano. O empréstimo está condicionado a um plano de reestruturação da estatal, incluindo corte de gastos, aumento de receitas, fechamento de unidades e demissão voluntária de 15 mil empregados.>