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18 leilões fracassados: saiba por que o prédio dos Correios na Pituba está encalhado

Valor mínimo listado para o imóvel é de cerca de R$ 109 milhões.

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 06:30

Antiga sede dos Correios acumula roubos e invasões
Antiga sede dos Correios acumula roubos e invasões Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O estado de completa degradação da antiga sede dos Correios, localizada na Pituba, passou a ser chamariz de roubos que têm tirado o sossego dos moradores do bairro. Em qualquer horário do dia, o imóvel da estatal se tornou alvo de invasões de criminosos, que buscam o alumínio e o cobre presente nas estruturas do prédio. Como pano de fundo dos crimes, está a expressa dificuldade dos Correios em conseguir se desfazer do antigo imóvel na Pituba.

Até julho deste ano, 15 tentativas já haviam sido realizadas para tentar vender o prédio e, desde então, três novos esforços foram empregados. Agora, mais uma data está sendo debatida diante do encalhamento da antiga sede da estatal, que em breve irá para o 19º leilão, conforme informações da própria estatal.

A desativação do espaço provocou o cenário de degradação, que vai desde a fachada, passa pelo estacionamento e é refletida na construção do prédio de 35 mil metros quadrados com 17 pavimentos. Ao redor do espaço, acumulam-se entulhos e dejetos que levam o local a fazer jus à expressão 'entregue às moscas’.

Antiga sede dos Correios acumula roubos e invasões por Larissa Almeida/CORREIO

Apesar dessas condições, na perspectiva de José Alberto Vasconcellos, 2º vice-presidente e diretor de Patrimônio do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado da Bahia (Creci-BA), o que leva o prédio pertencente aos Correios a estar encalhado é o tamanho da propriedade. “É muito grande e fica em um lugar muito valorizado. Então, hoje, para fazer uma readaptação daquele prédio para qualquer outra atividade é preciso investir muito. Ele tem uma estrutura comercial de salões grandes, de modo que o que for funcionar ali precisa dessa adaptação”, pontua.

Para ele, se não houvesse o prédio, seria muito mais fácil atrair olhares de investidores interessados em construir empreendimentos residenciais de alto luxo. “Os custos da adaptação ou da demolição são muito altos, por isso que as pessoas que se candidataram ao leilão não tiveram sucesso. É uma situação difícil, porque os espaços grandes começaram a ficar obsoletos diante do aumento do trabalho virtual. Uma saída é fazer um condomínio e começar a vender metro quadrado”, defende.

O valor mínimo listado para o imóvel é de cerca de R$ 109 milhões. Quando a sede foi fechada, em 2018, os Correios chegaram a pedir valor de R$ 248 milhões pelo espaço, mas o preço foi caindo diante da dificuldade de negociação. O espaço abriga um complexo com diversas estruturas, entre elas um edifício empresarial de 20 andares, prédio anexo com quatro pavimentos, auditório, restaurante, três portarias, além de áreas para estacionamento e pátios de manobra.