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Carol Neves
Publicado em 29 de outubro de 2025 às 08:30
 
A esposa do policial civil Rodrigo Cabral usou as redes sociais na manhã desta quarta-feira (29) para publicar uma despedida ao marido, morto durante a megaoperação que acontece na cidade. Emocionada, ela publicou uma foto do marido com a filha do casal e falou sobre a dor de perder o companheiro com quem dividiu 17 anos de vida - relação que começou ainda na adolescência. >
Rodrigo morreu durante a Operação Contenção, iniciada na terça (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio, que contou com 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar. A ação mirou o avanço do Comando Vermelho em áreas do estado e resultou também na morte de dois agentes do Bope, em meio a pelo menos 64 mortos oficialmente, além de feridos e dezenas de prisões.>
Policial foi morto em megaoperação
Lembrando o início da história dos dois, ela escreveu que eram apenas jovens de 15 anos quando tudo começou: “17 anos construindo nosso mundo, nosso ninho. Você foi o meu primeiro e único grande amor, o melhor amigo, o marido que me fazia sentir a mulher mais amada e segura do mundo. Tínhamos uma vida inteira pela frente, cheia de planos que agora se transformam em saudade”.>
A viúva afirmou que a ausência do marido “rasga a alma”. “Hoje, a dor da sua ausência é imensurável e nos rasga a alma, mas preciso encontrar forças para te dizer adeus e honrar a memória de quem você foi: um herói em sua profissão e um gigante em nossas vidas.”>
Ela também destacou que Rodrigo havia ingressado há poucos meses na Polícia Civil e se dedicava com paixão à nova carreira. “Sua dedicação como Policial Civil era a prova do seu coração corajoso. Você partiu cumprindo sua missão de proteger a sociedade, e isso é um legado de bravura que jamais será esquecido. Você era um homem de princípios, de fibra e de uma coragem que inspirava a todos.”>
Lotado na 39ª Delegacia (Pavuna), Rodrigo costumava registrar momentos em família e sua rotina de lazer com a filha e a esposa - viagens, saídas e a paixão pelo Botafogo, que acompanhava no estádio Nilton Santos.>
No texto, ela ainda ressaltou o amor do policial pela filha: “Você foi o melhor pai que nossa filha poderia ter. O pai carinhoso, presente, que ensinava com paciência, que brincava com a energia de uma criança, e que a olhava com um orgulho que iluminava seu rosto. Ela era seu mundo, seu maior amor, e em cada gesto seu ela sentiu isso. Olho para ela e vejo a sua luz, o seu sorriso, a sua força.”>
 
 
 
