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Salão de Xangai mostra a força da indústria chinesa; conheça os carros que vão chegar ao Brasil

País asiático é o maior produtor e consumidor de veículos do mundo, com 170 marcas

  • Foto do(a) author(a) Antônio Meira Jr.
  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 5 de maio de 2025 às 14:30

O estande da Leapmotor, marca chinesa, que será gerenciada pela Stellantis na América do Sul
O estande da Leapmotor, marca chinesa, que será gerenciada pela Stellantis na América do Sul Crédito: Antônio Meira Jr./ CORREIO

Com 1,5 bilhão de pessoas, a República Popular da China é o segundo país mais populoso do mundo - atrás apenas da Índia. Seu mercado automotivo é o maior do planeta em consumo; foram comercializados 26,05 milhões de veículos no ano passado, o que correspondeu a 30,6% do mercado global. O país também tem a maior capacidade produtiva da indústria mundial.

As 170 marcas instaladas na China podem produzir até 45 milhões de unidades por ano. Para mostrar todas as novidades, são realizados grandes salões, como o Auto Shanghai, que termina hoje na maior cidade do país, que tem 26 milhões de habitantes. Como comparação, para chegar a esse público é preciso somar a população das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador e da capital federal, Brasília.

A mostra automotiva também tem números grandiosos. Nessa 21ª edição, o evento foi realizado em um centro de convenções com quatro pavilhões, que somam 36 mil metros quadrados. Em dois dias de imprensa, andei por 19 quilômetros entre os estandes, recheados de novidades.

Entre os destaques que interessam aos brasileiros estão marcas confirmadas para estrear em breve no país, como a Leapmotor. A empresa chinesa será gerida no Brasil pela Stellantis, companhia responsável pela gestão da Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e Ram. Inclusive, Fernando Varela, vice-presidente da Leapmotor para a América do Sul, estava presente no evento e confirmou que, além do C10, em SUV do porte do Commander, a empresa vai oferecer o B10, que tem o tamanho do Compass, na estreia brasileira em outubro.

A GWM também fez anúncios importantes na mostra chinesa. Diego Fernandes, COO da filial brasileira, confirmou que a fábrica no interior de São Paulo será inaugurada no começo do segundo semestre. O executivo confirmou ainda a estreia das picapes Poer neste ano, com propulsão turbodiesel e híbrida plug-in a gasolina. A GWM também vai reforçar seu portfólio de SUVs com modelos da Wey, sua linha mais sofisticada, e um modelo inédito para sete pessoas.

Em meio a dezenas de fabricantes locais, marcas tradicionais como Porsche, Mercedes-Benz, Toyota e Nissan exibem suas novidades. Muitas com produtos exclusivos para os clientes do país asiático. A Audi, por exemplo, criou uma submarca para atender os chineses.

Entre as montadoras do país, algumas são conhecidas no Brasil por produzir eletrônicos, como a Huawei e a Xiaomi. Seus estandes mostravam automóveis elétricos de última geração, com grande autonomia e bastante potência.

A Audi criou uma submarca exclusiva para a China por Antônio Meira Jr./ CORREIO

INTERESSE BRASILEIRO

Fabricantes tradicionais instalados no Brasil estão se rendendo aos produtos chineses. Recentemente, a Volkswagen anunciou que a nova geração da Amarok terá como base uma picape desenvolvida na China, a Saic Maxus. Esse utilitário estava em destaque no salão; é maior que a Amarok atual e tem soluções inovadoras na caçamba.

No estande ao lado, estava o Wuling Starlight S veículo elétrico que a Chevrolet vai comercializar com sua marca nos próximos meses nas concessionárias brasileiras com o nome de Captiva EV. Outro elétrico que a marca da General Motors vai oferecer no país é o Spark EUV, vendido na China como Baojun Yep Plus.

Executivos da filial brasileira da Renault estavam no evento para acertar detalhes de uma parceria com a Geely. Os modelos da marca chinesa vão ser distribuídos no país pela companhia francesa a partir de julho e o primeiro veículo será o EX5, um SUV elétrico.

O Starlight S será lançado como Captiva no Brasil por Antônio Meira Jr./ CORREIO

Além de estandes automotivos, a mostra conta com espaços para empresas de tecnologia, de autopeças e negócios. Um deles é o da brasileira Comexport, que anunciou investimento de R$ 400 milhões para a produção de veículos no Ceará. A empresa montou um estande em parceria com a Adece, a agência de desenvolvimento do Ceará.

A Comexport está construindo um complexo automotivo onde a Troller, que pertencia à Ford, produzia na cidade de Horizonte, que fica a 40 quilômetros de Fortaleza. “No segundo semestre, uma marca chinesa estará produzindo no complexo de Horizonte. No ano que vem, um segundo modelo desta marca será adicionado à linha de montagem e, no segundo semestre de 2026, outra montadora também passará a produzir no Ceará”, relevou Rodrigo Teixeira, vice-presidente da Comexport.

*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA GWM E DA STELLANTIS