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Antônio Meira Jr.
Publicado em 26 de setembro de 2025 às 14:30
O nome Fiat remete a uma sigla: Fabbrica Italiana Automobili Torino, ou, em português, Fábrica Italiana de Automóveis Turim - cidade onde a empresa foi fundada,em 1899. No Brasil desde 1976, e desde 2021 parte do grupo Stellantis, a marca tem o país como seu mercado mais importante, e trabalha forte para manter a liderança.>
Em Turim, Frederico Battaglia, vice-presidente das marcas Fiat para a América do Sul, anunciou que a empresa vai lançar, a partir de 2026, um produto inédito por ano até 2030 - fruto do atual investimento de R$ 30 bilhões do grupo no país. Com essa notícia, o executivo abriu as comemorações dos 50 anos no Brasil para a empresa.>
No dia seguinte, em Balocco, maior campo de provas da Stellantis no mundo, um grupo de 20 mídias brasileiras, incluindo o CORREIO, teve a oportunidade de avaliar diversos veículos da Fiat. Entre eles, estava a quarta geração do Panda, modelo que na década de 1980 serviu como inspiração para o Uno, lançado em 1984, no Brasil.>
No campo de provas, as câmeras dos celulares estavam bloqueadas e os executivos da Fiat despistaram sobre o nome que o veículo terá no Brasil. No entanto, é certo que ele vai estrear no segundo semestre do ano que vem no país. Diria inclusive que no mês de setembro, quando o fabricante completa 50 anos de operação da planta de Betim, em Minas Gerais.>
Fiat Grande Panda 2026
COMO É O PANDA>
Na Itália, a Fiat ainda comercializa a terceira geração do Panda, por isso, o novo é designado como Grande Panda. Em pouco tempo, será apenas Panda. É um carro que, como o original, adota linhas retas e proporções mais elevadas, em um estilo que combina características de hatchback compacto e utilitário esportivo. >
A dianteira é formada por quadradinhos, que formam barras verticais, e faz referência à icônica fábrica de Lingotto, em Turim. Em full LED, os faróis contam com assinatura em formato de “X”. Na traseira, lanternas em LED com desenho com inspiração em pixels reforçam a estética retrô, reforçando a inspiração no modelo da década de 1980.>
Na cabine, tudo bastante funcional, com comandos estão próximos ao motorista. Como nos modelos mais atuais, o quadro de instrumentos é digital e há integração com a central multimídia. Para abrir espaço, a manopla do câmbio automático foi resumida a um pequeno seletor. O freio de estacionamento manual deu lugar a uma tecla, e o espaço onde seria acomodada uma alavanca se tornou um porta-objetos.>
A base estrutural do novo modelo da Fiat é CMP, também chamada de STLA Small, que teve origem em veículos da PSA. No Brasil, já é aplicada no Peugeot 208 (produzido na Argentina) e no Citroën C3 (fabricado no interior do Rio de Janeiro). Inclusive, as medidas do Panda são similares às do compacto da Citroën: 3,99 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,58 m de altura e 2,54 m de entre-eixos. O porta-malas varia de acordo com a versão: 361 litros no elétrico e 412 l nos carros com propulsão híbrida ou a combustão.>
A engenharia brasileira pode adotar dois motores na versão nacional: 1.3 litro aspirado, que entrega 75 cv, e o 1 litro turbo, que oferece 130 cv. Para o segundo, ainda é possível incrementar o sistema híbrido leve de 12 volts, como o adotado no Pulse e no Fastback.>
QUAL SERÁ O NOME?>
Até o segundo semestre do ano que vem, a Fiat vai revelar o nome do seu novo veículo. A dúvida é entre dar sequência ao sucesso do Uno no Brasil, sobretudo o modelo de primeira geração, ou fazer uma homenagem ao primeiro automóvel brasileiro da marca, o 147.>
*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA FIAT>