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Flavia Azevedo
Publicado em 14 de agosto de 2025 às 06:00
Depois de intensas críticas nos últimos tempos, a classe artística da Bahia protocolou um manifesto contundente contra a política cultural do governo Jerônimo Rodrigues (PT). O texto, assinado por mais de cem profissionais de diferentes linguagens - entre eles Jackson Costa, Almandrade, Bertrand Duarte, Aicha Marques, Tuzé de Abreu e Monica Millet (lista completa no final do texto) - acusa a Secretaria de Cultura do Estado (SECULT) de atuar sem orçamento próprio, sem planejamento e sem diálogo com o setor. >
O alvo central das críticas é o secretário Bruno Monteiro, que, segundo o documento, seria “um alienígena que caiu de paraquedas no cargo”. Monteiro, que assumiu a pasta em janeiro de 2023, enfrenta resistência desde o início da gestão, acusado de não ter trajetória na área cultural, de carecer de visão estratégica e de adotar um modelo de condução centralizado e pouco transparente.>
O manifesto descreve um cenário de “desmonte progressivo” da cultura na Bahia, com base em dados do Observatório de Economia Criativa da Bahia (OBEC) que indicam redução sistemática de investimentos nos últimos dez anos. Para os signatários, a atual política pública está subordinada a “interesses partidários imediatistas” e se apoia quase exclusivamente em verbas de leis emergenciais criadas para mitigar os efeitos da pandemia - medidas que, afirmam, não substituem políticas permanentes.>
“É lamentável que um estado como a Bahia - matriz da cultura brasileira, berço de uma das mais vigorosas expressões artísticas da América Latina - não disponha de dotação orçamentária própria e estruturada para seu campo cultural”, diz um trecho do texto. “A produção artística não pode estar subordinada à lógica fragmentada e imediatista de interesses partidários na gestão pública. Qual o projeto cultural do Estado da Bahia?”>
Entre as reivindicações, o grupo cobra:>
• Implementação de uma política de Estado para a cultura, com linhas de apoio permanentes para diferentes segmentos;>
• Inclusão de recursos próprios no orçamento estadual para ações culturais;>
• Publicação de parâmetros claros e democráticos para inscrição e seleção de projetos;>
• Realização periódica e calendarizada de editais;>
• Continuidade de projetos culturais como princípio básico da política pública;>
• Regulamentação imediata do Plano Estadual de Cultura, aprovado pela Lei nº 13.193 de 2014, mas nunca implementado.>
Os signatários também criticam a escolha de gestores sem ligação com o setor. “Cabe ao poder público criar as condições para que as expressões culturais se desenvolvam, registrem o momento histórico e criem memória”, afirmam. O documento enfatiza que cargos de comando devem ser ocupados por pessoas com conhecimento, experiência e credibilidade na área, representando diferentes perspectivas e backgrounds.>
O governador Jerônimo Rodrigues é mencionado de forma direta e crítica. Segundo o texto, ao receber o manifesto, ele adotou “tratamento burocrático, sem sequer se dar conta de que o documento é uma grave crítica ao vazio da política cultural do seu governo”. A falta de atenção à pauta cultural se soma ao desgaste político que o chefe do Executivo enfrenta em outra área sensível: a segurança pública. Nos últimos meses, a Bahia tem registrado aumento nos índices de violência e uma série de críticas à falta de ações estruturais para conter a criminalidade.>
O documento acusa a SECULT de promover um “contexto de exclusão e apagamento” que compromete o desenvolvimento da economia criativa no estado. Entre os exemplos citados estão “a falta de apoio a projetos importantes” e “a inversão de prioridades em detrimento da cadeia produtiva”. Para os signatários, “a cultura não é evento - é direito legítimo de expressar a complexa diversidade que constitui a Bahia”.>
O manifesto encerra afirmando que os fazedores de cultura permanecerão “mobilizados, vigilantes e ativos, exigindo respeito, transparência e compromisso com a cultura baiana”. Até o momento, o governo estadual não apresentou resposta pública ao conteúdo do documento, que segue circulando em fóruns e redes de artistas, ampliando a pressão sobre o Palácio de Ondina.>
Assinam o documento:>
• Adler Fernandes Da Paz>
• Afa Neto>
• Aicha Pinheiro Marques>
• Albenísio Fonseca – Poeta / Compositor / Jornalista>
• Albeniso José De Andrade Fonseca>
• Almandrade – Artista Visual>
• Ana Aragão>
• Ana Paula Moura Da Fonseca>
• Andressa Rodrigues – Montadora>
• André Castro>
• Aurélio Dos Santos Filho>
• Bernard Attal – Cineasta / Produtor>
• Bertrand Duarte – Ator / Produtor Cultural>
• Carlei Gomes Daltro>
• Célia Maria Baldas Mallett>
• Celia Mares>
• Chico Mazzoni>
• Débora Medeiros>
• Deli Abade De Oliveira Neto>
• Demian Moreira Reis>
• Dominique Silva Faislon>
• Ducca Rios>
• Eduardo Ayrosa – Produtor / Sound Designer>
• Edyala Yglesias – Cineasta>
• Eder Long>
• Evelin Buchegger>
• Fabiola Aquino Coelho>
• Fernanda Silva Dos Santos>
• Francisca Alice Carelli>
• Gabriel Lake>
• Gabriel Silva Lake>
• Gilberto Almeida Filho>
• Gilberto Lopes Reis>
• Giltanei Amorim>
• Guache Marques – Artista Visual>
• Hildebrando Rodrigues>
• Iara Normando Tude>
• Irema Santos Silva>
• Isa Maria Faria Trigo>
• Isaac Donato – Cineasta>
• Jessica Menezes De Oliveira>
• Joel De Almeida – Cineasta>
• Joelma Neves Evangelista>
• Johny Guimarães Da Silva>
• Jonathan Monteiro Bernardo>
• João Matos>
• João Perene>
• João Pinheiro De Matos>
• Julio Góes – Ator / Cineasta>
• Julia Ferreira>
• Kaika Alves>
• Luca V V Domingues>
• Luiz Alberto Ribeiro Freire>
• Luis Parras – Diretor De Arte>
• Manoel Messias Oliveira Silva>
• Manoel Passos Rocha Pereira>
• Marcello Benedictis – Produtor / Técnico De Som>
• Marcello Benedictis De Campos Neto>
• Maria Dolores Bastos Laborda>
• Mirella Matos Sales>
• Monica Millet>
• Monica Monteiro Almeida>
• Nadir Oliveira Galrão Leite>
• Nenno Pena>
• Nislene Nascimento De Brito>
• Og Cerqueira>
• Orlando Sacramento Valle>
• Pedro Cesar Dorea Luz>
• Pedro Semanovsky – Diretor De Fotografia>
• Plínio Alves Da Silva Dos Santos>
• Priscilla Andreata>
• Raimundo Bujão – Produtor Cultural>
• Raimundo Laranjeira – Artista Visual>
• Rita Assemany>
• Rita Celeste Neres De Azevedo>
• Roberto Torres – Escritor / Roteirista>
• Rosalia Junqueira Aguiar Rodrigues>
• Sergio Almeida>
• Susan Kalk – Roteirista E Diretora>
• Thais Brito>
• Tiago Britto>
• Tuzé De Abreu – Cantor / Compositor>
• Valney José Silva Dos Santos>
• Vinícius Rodrigues ACAMB>
• Yulocezzar (Alberico Mandarino Barreto)>
• José Carlos Torres – Diretor De Fotografia>
• José Mendes Dos Santos Júnior>
• José Umberto Dias – Cineasta>
• José Walter Lima – Cineasta E Artista Visual>
• José Wanderley Meira Filho>
Siga no Instagram: @flaviaazevedoalmeida>
Confira o manifesto na íntegra:>
MANIFESTO DE REPÚDIO À POLÍTICA CULTURAL DA SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DA BAHIA>
Nós, profissionais da cultura da Bahia — artistas, produtores, técnicos, mestres da cultura popular, gestores, pesquisadores, educadores e agentes dos diversos segmentos que compõem o fazer cultural do nosso Estado — tornamos público nosso mais profundo repúdio à política pública cultural conduzida pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. >
É lamentável que um estado como a Bahia — matriz da cultura brasileira, berço de uma das mais vigorosas expressões artísticas da América Latina — não disponha de dotação orçamentária própria e estruturada para seu campo cultural. >
A atual gestão tem se apoiado quase exclusivamente em recursos de editais vinculados a leis emergenciais, criadas com o objetivo de mitigar os impactos da pandemia e não para substituir uma política cultural de Estado. >
A produção artística não pode estar subordinada à lógica fragmentada e imediatista de interesses partidários na gestão pública. Qual o projeto cultural do Estado da Bahia? >
A cultura exige continuidade, investimento constante, planejamento, escuta ativa e compromisso com a diversidade da produção cultural baiana.>
A insatisfação com a descontinuidade das ações culturais se manifesta em todos os segmentos do fazer artístico. >
Nos últimos dez anos, segundo dados do Observatório de Economia Criativa da Bahia (OBEC), o Estado reduziu sistematicamente seu investimento no setor. >
Trata-se de um desmonte progressivo que compromete não apenas a realização de projetos, mas a própria sustentabilidade econômica da cultura baiana. >
Reivindicamos uma Secretaria de Cultura que compreenda a complexidade e a amplitude da cultura na Bahia, que conheça de fato a dinâmica de suas linguagens, territórios e tradições. >
Precisamos de uma escuta institucionalizada, continuada e comprometida com todos os profissionais da área — sem distinção ou favorecimentos.>
A sistemática negação de diálogo, a falta de transparência e a ausência de critérios claros nos processos seletivos revelam o desinteresse da atual gestão em construir uma política pública séria, estável e sustentável para o setor. >
Esse contexto de exclusão e apagamento jamais promoverá o desenvolvimento de uma economia criativa sólida ou justa para a Bahia.>
Demandamos:>
* Uma política pública de Estado para a cultura, com linhas de apoio para os diferentes segmentos culturais;>
* A previsão de recursos próprios no orçamento estadual para as diversas linhas;>
* Publicação de parâmetros claros, transparentes e democráticos para a inscrição e seleção dos projetos;>
* A realização periódica e calendarizada dos processos seletivos;>
* Garantia de continuidade para os projetos culturais como princípio fundamental de qualquer política pública. >
* A lei Nº 13193 DE 13/11/2014, publicado no DOE - BA em 14 novembro de 2014, na gestão do Governador Wagner e do Secretário de Cultura, Albino Rubin que cria o Plano Estadual de Cultura da Bahia está até hoje à espera de regularização. >
A existência de uma lei que sirva de eixo tanto para os fazedores de cultura como para os gestores públicos é fundamental, demandamos sua regularização. >
* A escolha de cargos são prerrogativas do governo, contudo se faz necessário que a escolha dos gestores públicos seja fundamentada no conhecimento, experiência, credibilidade na área e representativos de diferentes perspectivas e backgrounds. >
* A arte é sempre uma expressão de um tempo. Cabe ao poder público criar as condições para que as expressões culturais se desenvolvam, registrem o momento histórico e criem memória. >
O papel da Secretaria de Cultura da Bahia — estado fundador da nação — é o de reunir, estimular e promover as múltiplas manifestações culturais da nossa rica e múltipla identidade nacional. >
Nosso papel, como fazedores da cultura, é demandar uma política pública de Estado para a cultura e resistir à lógica excludente, fragmentada e binária que insiste em tratar a cultura como evento, e não como o legitimo direito de expressar a complexa diversidade de perspectivas que constitui a cultura da Bahia. >
Seguiremos mobilizados, vigilantes e ativos, exigindo respeito, transparência e compromisso com a cultura baiana. >
Salvador, 27 de junho de 2025.>
[Assinaturas de coletivos, fóruns, entidades, grupos e profissionais da cultura]>
José Walter Lima – cineasta e artista visual>
Edyala Yglesias – cineasta>
Antonio Olavo – cineasta>
José Umberto Dias – cineasta>
Albenísio Fonseca – poeta / compositor /jornalista>
Zivé Guidice – artista visual>
Almandrade – artista visual>
Dicinho – artista visual>
Jackson Costa – ator>
Vitor Rocha – cineasta / produtor>
Tuzé de Abreu – cantor / compositor>
Bernard Attal – cineasta /produtor>
Dimitri Ganzelevitch – produtor cultural>
Lula Oliveira – cineasta>
Henrique Dantas – cineasta>
Julio Góes – ator / cineasta>
Guache Marques – artista visual>
Raimundo Bujão – produtor cultural>
Bertrand Duarte – ator / produtor cultural>
Sofia Federico – cineasta>
Joel de Almeida – cineasta>
Pedro Semanovsky – diretor de fotografia>
Marcello Benedictis – produtor / técnico de som>
José Carlos Torres – diretor de fotografia>
Roberto Torres – escritor / roteirista>
Maurício Xavier – produtor>
Eduardo Ayrosa – produtor / sound designer>
Albeniso José de Andrade Fonseca>
Nunno Pena>
Henrique Gilberto Mendes Dantas>
João Matos>
Marco Aurelio Alemar de Souza>
Isaac Donato – Cineasta>
Andressa Rodrigues – Montadora>
Julival Araújo Góes>
Vítor Rocha>
GRAÇA MARIA DA SILVA MEURRANHY>
Gilberto Lopes Reis >
Sergio Almeida>
Ducca Rios>
Dominique Silva Faislon >
Eder Long>
YULOCEZZAR (Alberico Mandarino Barreto )>
Luis Parras diretor de arte>
Susan Kalk - roteirista e diretora>
Julia Ferreira >
Jessica Menezes de Oliveira>
MARIA DOLORES BASTOS LABORDA>
Fabiola Aquino Coelho>
Isa Maria Faria Trigo>
Adler Fernandes da Paz >
Débora Medeiros>
DEMIAN MOREIRA REIS>
Thais Brito>
MARCELLO BENEDICTIS DE CAMPOS NETO>
Hildebrando Rodrigues >
ROSALIA JUNQUEIRA AGUIAR RODRIGUES>
Nadir Oliveira Galrão Leite>
Luca V V Domingues>
André Castro>
Aicha Pinheiro Marques>
Gabriel Lake>
Monique Monteiro Almeida>
Ana Paula Moura da Fonseca>
Mirella Matos Sales>
Manoel Messias Oliveira Silva >
Bertrand Duarte>
Tiago Britto>
Giltanei Amorim>
Carlei Gomes Daltro>
Fernanda Silva dos Santos >
Rita Celeste Neres de Azevedo>
Nislene Nascimento de Brito>
Kaika Alves >
JOSELICE ALVES NASCIMENTO>
Ju Alencar>
Joseane Batista da Silva Alves >
Plínio Alves da Silva dos Santos >
Luiz Alberto Ribeiro Freire >
João Perene>
Aurélio dos Santos Filho>
Afa Neto>
Rita Assemany >
JOSIAS DE JESUS SANTOS>
Flávio Fernando Ferreira Lopes >
Monica Millet >
Raimundo Laranjeira - artista visual >
Gabriel Silva Lake>
Francisca Alice carelli>
Chico Mazzoni >
Iara Normando Tude >
Pedro Cesar Dorea Luz >
Jorge Douglas Reis de Almeida>
Célia Maria Baldas Mallett>
Orlando Sacramento Valle>
José Wanderley Meira Filho>
Ana Aragão>
Vinícius Rodrigues ACAMB >
Joelma Neves Evangelista>
DELI ABADE DE OLIVEIRA NETO>
Evelin Buchegger >
ANGELA MARIA DA CRUZ SANTOS>
Jonathan Monteiro Bernardo >
José Mendes dos Santos Júnior >
Gilton Pinheiro Della Cella >
João Pinheiro de Matos >
GILBERTO ALMEIDA FILHO>
Jeferson Cavalcante >
Valney jose silva dos santos >
Josemar Nunes>
Celia Mares>
Antônio Cesar Rodrigues Brandão >
Manoel Passos Rocha Pereira >
Janahina dos Santos Cavalcante >
Jorge Luiz Bezerra Nóvoa>
Johny Guimarães da Silva>
Og Cerqueira>
Priscilla Andreata>
Dani Floquet>
IREMA SANTOS SILVA>
XxxxxX >
Descaso com a Cultura marca governo de Jerônimo Rodrigues>
Governador Jerônimo Rodrigues recebe "Manifesto dos Produtores de Arte", adota tratamento burocrático, sem sequer se dar conta de que o documento é uma grave crítica ao vazio da política cultural do seu governo, que não dispõe nem mesmo de orçamento próprio. >
XxxxxX >
Senhor Governador,>
A classe artística da Bahia está totalmente insatisfeita com as políticas culturais implantadas pelo Sr. Bruno Monteiro, à frente da SECULT. Todos nós sabemos que trata-se de um alienígena que caiu de paraquedas no cargo.>
A ausência de resultados virtuosos no ecossistema cultural baiano clama pela atenção de V. Exa. Por outro lado, os vícios de gestão proliferam, como, por exemplo, a falta de apoio a projetos importantes, ou inversão de prioridades em detrimento da cadeia produtiva.>
Questionamos a competência do dito-cujo para gerir uma secretaria que exige uma cosmovisão do que é a cultura, e que requer habilidades de liderança e decisão que não estão presentes no atual titular.>
O argumento presente foi explicitado no Manifesto enviado a V. Exa.; onde sugerimos alternativas e soluções para os nossos problemas. Acreditamos que a gestão estadual de cultura deva ser reavaliada para refletir melhor as necessidades da Bahia.>
Esperamos que V.Exa. aprecie a relevância das questões levantadas; e veja a possibilidade de promover mudanças no setor; e assim encontrar soluções criativas que venham ao encontro das carências do Estado que carrega na sua imagem uma tradição grandiosa de produção simbólica, mas que está se tornando um deserto cultural.>
O secretário de Cultura da Bahia (Secult), Bruno Monteiro, atacou o jornal CORREIO, nesta quinta-feira (14), após um artigo escrito pela colunista Flávia Azevedo no qual é reproduzido um manifesto da classe artística do estado com críticas contundentes à política cultural do governo Jerônimo Rodrigues (PT).>
O alvo central das críticas é o secretário Bruno Monteiro, que, segundo o documento, seria “um alienígena que caiu de paraquedas no cargo”. Monteiro, que assumiu a pasta em janeiro de 2023, enfrenta resistência desde o início da gestão, acusado de não ter trajetória na área cultural, de carecer de visão estratégica e de adotar um modelo de condução centralizado e pouco transparente.>
Em um evento na cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina, o titular da Secult afirmou que o CORREIO é um “diário oficial”, "da família dos nossos adversários" e que o jornal propaga "opinião contra o nosso governo e nosso trabalho". Bruno Monteiro afirmou ainda que o jornal o chamou de “alienígena”, o que não é verdade. O CORREIO apenas reproduziu a expressão usada no manifesto dos artistas.
>
O secretário ainda ironizou e disse que “deve ser coisa de alienígena" espalhar por diversos lugares feiras literárias e escolas. Bruno Monteiro não respondeu a nenhuma das críticas feitas pela classe artística no manifestado. Ele repetiu o clichê de "atacar o mensageiro", em vez de entender a mensagem.>