Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Flavia Azevedo
Publicado em 9 de abril de 2025 às 12:21
Pelo menos um conto é sobre uma história real. “Menina sim, menina não” é inspirado por um dia trágico que nenhuma família conseguiria elaborar sem narrar mil vezes e por muitas gerações: a criança de seis anos se solta da mão da mãe e morre em um atropelamento. Essa criança foi tia de Mariana Paiva e é uma das meninas que estão no livro que ela lança nesse sábado (12). >
Entre realidades e imaginações, a obra é composta por esse e outros contos sobre a vida de meninas e mulheres com seus sonhos, ideias, alegrias, esperanças, dores e tristezas. “São histórias que, muitas vezes, ficam invisíveis no cotidiano das famílias, no silêncio cúmplice das pessoas", comenta a autora do livro onde está desde o mais real da vida - como relacionamentos abusivos e outros tipos de violência -, até o fantástico representado por sereias e mulheres que conseguem enganar a morte com o poder do pensamento. >
Tudo acontece na cidade de Salvador e seus arredores, em cenários como a praça Castro Alves e a praia do Guaibim, em Valença. “O título já entrega muito: são as minhas meninas, as mulheres que talvez eu queria que tivessem outras histórias, ou que fossem conhecidas. Por isso escrevê-las", diz Mariana. >
Serviço: >
Lançamento de “Minhas meninas", de Mariana Paiva>
12.04 (sábado) | 16 horas>
Cervejaria ArtMalte (Rua Feira de Santana, 354, Rio Vermelho, Salvador/BA)>
Entrada franca>
Minhas Meninas >
Autora: Mariana Paiva>
Número de páginas: 52>
ISBN: 978-65-88597-59-0>
Preço: R$ 30>
Editora: P55 Edição>
Mariana Paiva é escritora, jornalista, doutora em Teoria e História Literária pela Unicamp e professora de escrita. Venceu o Prêmio Caymmi de Música com a composição “Ondas”, em parceria com Bruno Masi, é curadora e mediadora de leitura do Clube do Livro da LDM Bela Vista e fez intervenções poéticas em espetáculos da Orquestra Sinfônica da Bahia. Tem no currículo participações em diversas festas literárias, como FLIP, FLICA, Fligê Flipf e Flipelô, e textos publicados em inglês, espanhol e alemão. Mariana foi uma das artistas-residentes na Casa do Sol, onde Hilda Hilst viveu e escreveu grande parte de sua obra.>