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Duplo sentido: cantor Oh Polêmico rebate críticas ao pagode 'proibidão' e revela mudança nas letras

Artista baiano lança nova música com participação do DJ Buarque

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 10 de agosto de 2025 às 15:58

Oh Polêmico grava clipe com DJ Buarque no Rio de Janeiro
Oh Polêmico grava clipe com DJ Buarque no Rio de Janeiro Crédito: Divulgação

O duplo sentido sempre esteve presente na música baiana, especialmente no pagode. Se você já "segurou o tchan", "ralou na boquinha da garrafa" ou dançou vendo "um homem no meio com duas mulheres fazendo sanduíche" e não percebeu, é porque não sabia de nada, inocente.

No entanto, o que fazia parte de canções livres até para crianças ouvirem foi se tornando uma marca do chamado pagode "proibidão". A receptividade bem humorada ao erotismo disfarçado nas músicas perdeu espaço ao longo dos anos e o repertório virou "+18".

Um dos expoentes desse nicho da música baiana tem a controvérsia até no nome. Oh Polêmico, alcunha de Deivison Nascimento Santos, de 26 anos, estourou em 2022 com músicas como "Deixa Eu Botar o Meu Boneco", "Samba do Polly" e "Pitbull Enraivado". Longe das festas infantis, seus hits fizeram sucesso mesmo nos paredões que agitam festas Brasil a fora. Com carreira marcada pela lascívia, Polly agora mergulha de vez no funk, outro gênero que tem a sensualidade em sua essência.

Em "Em Qualquer Lugar", parceria inédita com o DJ Buarque, o duplo sentido segue firme, porém mais leve. A estratégia não é de agora. "Eu já venho limpando [o repertório]. Pra tocar no domingão em família, por conta também dos meus fãs mirins. Então, estou nessa vertente do duplo sentido mais light. Essa é a nova roupagem do Polly", garante.

Oh Polêmico grava clipe com DJ Buarque no Rio de Janeiro por Divulgação

A mudança reflete o preconceito que esse tipo de letra acumulou nas últimas décadas, seja pelo conservadorismo que está mais presente na sociedade ou até mesmo pela resistência ao que é produzido pelos artistas das periferias. "Ainda tem preconceito, bastante. Quando a gente lança uma música, fica essa divisão nos comentários. Sempre que alguém lança gera esse debate: uns falam que é pesada, outros falam que tocam. Eu acho que a sociedade é conservadora e tem uma parte que mudou", dispara o músico.

Força do TikTok

Se de um lado tem quem torça o nariz para estrofes como "o Polly te pega, te pega, te pega, te pega, te pega em qualquer lugar", nas redes sociais, especialmente no TikTok, o publicou abraçou o trabalho d'Oh Polêmico. "O TikTok tem me ajudado bastante. Todas as minhas músicas sempre começam a viralizar por lá", conta.

A música que bomba puxa a coreografia, que puxa o meme, que puxa o compartilhamento e quando você menos espera o hit está tocando em todo lugar, até do outro lado do planeta.

Foi assim com "Samba do Polly", que caiu nas graças de Kwon Min-Sung, um coreano de 25 anos, que ficou famosos dançando pagode. Com a coreografia da música de Oh Polêmico, Min-Sung viralizou entre os brasileiros, veio à Salvador, fez "publis" e ganhou seus 15 minutos de fama.

A onda passou de visualizações passou, mas a amizade com o músico permaneceu. "Foi uma experiência muito boa. Tenho uma amizade com ele até hoje. Falo com ele e ele sempre diz: 'amigo, você é uma estrela'. Ele fala que quer virar morar aqui. Quero trazer ele em 2026, para o Carnaval", revela. Só falta ele topar percorrer os cinco quilômetros do trajeto da folia dançando. "Ele não gostou muito do percurso", adianta, Polly, entre risos.

Com coreano ou sem, a única certeza é que vai ter ambiguidade sensualizada nas músicas d'Oh Polêmico, sim. Sejam leves ou mais explícitas, em funk, trap ou pagode, o cantor fala para a sua geração e não tem pudor em tocar o que eles querem ouvir.

Confira a música nova de Oh Polêmico: