Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

'É necessário construir uma empresa de transporte público', diz candidata a vice-prefeita da UP

Giovana Ferreira é candidata a vice-prefeita na chapa de Eslane Paixão (UP)

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 27 de setembro de 2024 às 05:00

Giovana Ferreira (UP), é candidata a vice-prefeita na chapa de Eslane Paixão (UP)
Giovana Ferreira (UP) Crédito: Isabella Tanajura/Divulgação

Giovana Ferreira (UP), 25 anos, é candidata a vice-prefeita na chapa de Eslane Paixão (UP). Ela é estudante de História na Universidade Federal da Bahia (Ufba) e faz parte da coordenação nacional do Movimento de Mulheres Olga Benário, movimento feminista marxista-leninista que organiza mulheres na luta pelo socialismo e contra a violência às mulheres.

Em caso de vitória nas eleições, quais serão as prioridades do mandato?

Nós tratamos das questões essenciais da sociedade, principalmente o que mais impacta na vida do povo. Para nós, o mais importante é a questão da saúde, da educação e do transporte, que é o que a gente vivencia e passa muita dificuldade para ter acesso.

Em termos de proposta, o que a sua gestão e de Eslane Paixão pensam sobre a mobilidade urbana?

A gente acredita que é necessário construir uma empresa de transporte público. O transporte só é assim do jeito que a gente vê justamente porque o transporte é dado como uma forma de lucrar. A nossa proposta é criar uma empresa pública de transporte e que seja construído e gerado um imposto, que deverá ser pago pelas grandes empresas de Salvador porque são essas pessoas, os ‘patrões’, que se beneficiam do transporte público porque quem usa o transporte no dia a dia são os trabalhadores, que não têm tempo de lazer. Essa empresa resolveria o problema de não ter um transporte que lucre, mas de ter um transporte que gere qualidade de vida da população.

Como pensam em montar o secretariado da gestão?

Nós defendemos que a prefeitura de Salvador, o governo, deve ser construída pelo próprio povo. A criação de assembleias e associações de bairros é fundamental para ouvir a opinião dos trabalhadores e trabalhadoras, justamente porque defendemos que seja um governo construído pelos próprios trabalhadores. Essa pergunta é interessante no sentido de que nem formulamos sobre isso (secretariado) porque é realmente uma construção, uma construção coletiva, popular, que nós acreditamos.

Quais iniciativas serão implementadas para melhorar a atenção básica de saúde da cidade?

A gente defende que os recursos públicos sejam investidos nos setores que são essenciais para a sociedade. Uma das coisas que vemos em Salvador é a saúde pública sendo gerenciada por organizações sociais que são privadas. A nossa proposta é que acabe essa parceria (com organizações privadas). O subsídio público, que é destinado para essas organizações, seja direcionado para a saúde pública e que o próprio município gerencie a saúde.

Quais ações serão tomadas para reduzir os impactos das mudanças climáticas e promover a sustentabilidade ambiental na cidade?

A gente defende que precisamos criar um mecanismo na cidade em que se consiga garantir a possibilidade das pessoas não sofrerem com as mudanças climáticas. Nós defendemos que é necessário criar associações em que a gente consiga reciclar os materiais. Pensar no bem-estar da população, inclusive, na limpeza da cidade e no próprio escoamento da água resolve grande parte dos nossos problemas em relação aos desastres naturais.

Quais são as propostas para reduzir os índices de violência?

A gente defende a desmilitarização da Guarda Municipal. A gente acredita que desmilitarização é fundamental. A maioria das mortes policiais que acontecem dentro da periferia - 99% como apontam as pesquisas - é de pessoas negras e trabalhadoras. A desmilitarização da Guarda Municipal é o primeiro passo, assim como da Polícia Militar.

Como a gestão atuará para atrair investimentos e gerar emprego?

Então, a gente vê que as pessoas que geram empregos na nossa cidade são os pequenos empresários, donos de mercadinhos, donos de lojas, comércio local, e a gente defende que devemos fortalecer essas empresas. Além disso, defendemos a criação de frentes emergenciais de trabalho. A criação de restaurantes comunitários seria fundamental, a criação de creches... Com a própria criação desses espaços e de outros espaços também, como lavanderias comunitárias, postos de saúde, hospitais, geraria empregos. A administração desses espaços também gera emprego. Então, vemos uma qualidade muito grande porque geramos emprego e melhora a qualidade de vida das pessoas do próprio bairro.

*Com orientação do editor Rodrigo Daniel Silva