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9 em cada 10 adultos com autismo não são diagnosticados; veja sinais que podem indicar a condição

Estudo revela alta taxa de subdiagnóstico em adultos com autismo

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 22 de setembro de 2025 às 05:30

Falta de diagnóstico pode agravar isolamento e problemas de saúde em adultos autistas
Falta de diagnóstico pode agravar isolamento e problemas de saúde em adultos autistas Crédito: Wikimedia Commons

Uma pesquisa feita por cientistas britânicos indica que quase 90% dos adultos dentro do espectro autista podem estar vivendo sem nenhum diagnóstico oficial. O estudo foi publicado no Annual Review of Developmental Psychology.

Planos de saúde não podem recusar contratação de pessoas com autismo por Shutterstock

Segundo especialistas, essa ausência de reconhecimento pode privar milhões de pessoas do apoio necessário em diferentes fases da vida, principalmente na velhice.

Dados do NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) mostram que mais de 200 mil pessoas aguardam avaliação médica para autismo. Esse é o maior número já registrado no país.

Os pesquisadores analisaram registros de saúde e identificaram que, entre adultos de 40 a 59 anos com autismo, 89,3% nunca receberam diagnóstico. Entre aqueles com mais de 60 anos, a taxa sobe para 96,5%. Já entre menores de 19 anos, apenas 23,3% permanecem sem diagnóstico.

Especialistas alertam sobre os impactos do subdiagnóstico

Gavin Stewart, professor do King's College London e autor principal do estudo, afirmou: "Essas estimativas muito altas de subdiagnóstico sugerem que muitos adultos autistas nunca foram reconhecidos como autistas e não receberam o apoio adequado".

A ausência de acompanhamento pode agravar problemas de saúde relacionados ao envelhecimento, como isolamento social, depressão, artrite e até doenças cardíacas.

Pesquisadores destacam ainda que muitas mulheres e meninas ficam de fora dos diagnósticos porque conseguem “camuflar” seus sintomas. Esse comportamento pode incluir imitar sinais sociais ou suprimir movimentos repetitivos, o que dificulta a identificação do autismo.

Necessidade de novas políticas públicas

A professora Francesca Happé, coautora do estudo, reforça que compreender as necessidades de pessoas autistas ao longo da vida é “uma preocupação urgente de saúde pública global”.

Ela defende que pesquisas de longo prazo, políticas inclusivas e apoios sociais mais amplos são fundamentais para garantir qualidade de vida a adultos e idosos no espectro.