Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

A cereja que a gente come é mesmo feita de chuchu? A resposta é surpreendente

Muita gente já desconfiava de um dos truques mais curiosos da história da indústria de alimentos

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 19:00

Descubra se a cereja do seu bolo é feita de chuchu
Descubra se a cereja do seu bolo é feita de chuchu Crédito: Freepik

A clássica cereja vermelha brilhante que decora bolos, sorvetes e drinques não é sempre o que parece. Em muitos casos, trata-se de um truque da indústria alimentícia: o chuchu substitui a fruta original. E o resultado engana até os mais atentos.

Muitos acreditam que cereja é feita de chuchu por Reprodução | Freepik

Essa prática, longe de ser uma teoria da conspiração, é autorizada pela legislação brasileira, e tem tudo a ver com custo, conservação e aparência.

Cereja que não é cereja 

Para quem cresceu vendo cerejas em calda decorando sobremesas, pode ser chocante descobrir que boa parte delas não tem nada de cereja de verdade.

No Brasil, a fruta importada é cara, perecível e não é cultivada em larga escala. Por isso, muitas empresas optam por usar chuchu como base, um vegetal barato, neutro no sabor e fácil de moldar.

A mágica acontece no processo de tingimento e aromatização. O chuchu é cortado, fervido em calda de açúcar e recebe corantes e essências artificiais para imitar a textura e o sabor da cereja maraschino tradicional. A aparência final é tão convincente que dificilmente alguém percebe a troca.

Esse uso alternativo é permitido pela legislação, desde que esteja indicado no rótulo, algo que, muitas vezes, passa despercebido pelo consumidor. Por isso, ler os ingredientes é a única forma de saber o que realmente está no seu pote de “cerejas”.

Por que chuchu? O segredo do custo e da durabilidade 

A escolha do chuchu não é por acaso. Além de barato, o vegetal tem uma textura firme e absorve sabores facilmente, o que permite reproduzir bem a sensação da fruta original. Outro ponto a favor é a durabilidade: enquanto cerejas naturais têm vida curta, a “chuchureja” pode durar meses nas prateleiras.

A substituição garante preços mais baixos para a indústria e para os consumidores. Uma lata de cerejas importadas pode custar até cinco vezes mais que a versão feita com chuchu. Isso explica por que a alternativa nacional domina boa parte do mercado.

E como o chuchu tem sabor neutro, é praticamente um “camaleão” culinário, ideal para receber corantes e essências que o tornam visualmente idêntico à cereja em calda tradicional.

Quer provar? A receita caseira da chuchureja

Para quem ficou curioso, ou cético, é possível fazer a famosa “cereja de chuchu” em casa. O processo é simples: basta descascar e cortar o chuchu em pedacinhos, ferver até amaciar e depois mergulhar em uma calda de açúcar com corante vermelho e essência de cereja. Depois de algumas horas de descanso, a mágica acontece.

O resultado final tem o mesmo sabor adocicado e visual vibrante que se encontra nos potes vendidos nos mercados. Muitos confeiteiros artesanais usam essa técnica para reduzir custos sem comprometer a estética dos doces.