A cinebiografia de Freddie Mercury mentiu sobre show? Entenda

A cinebiografia "Bohemian Rhapsody" (2018) levou às telonas a trajetória de Freddie Mercury (1946-1991) , vocalista do Queen, trazendo os trejeitos e relações pessoais do artista em mínimos detalhes. Porém, um momento icônico da  banda não parece ter sido retratado de maneira fiel à realidade: a apresentação do Queen no Live Aid, em 1985.

Na obra que levou 4 Oscars, um deles pela performance de Rami Malek como Freddie Mercury, o show é retratado como o momento mais impactante do evento beneficente para arrecadar fundos para países africanos, em especial para o combate da fome na Etiópia. Em Bohemian Rhapsody, "Queen" é trazida como a grande responsável por angariar doações para a causa, mostrando os telefones tocando de forma ininterrupta após o espetáculo de Mercury.

Porém, segundo o músico Bob Geldof, idealizador do Live Aid, não foi bem assim. Em entrevista ao New York Times, ele revelou que o aumento significativo nas contribuições aconteceu somente depois da apresentação de David Bowie, que subiu ao palco logo após Queen e Freddie Mercury.

Geldof afirmou que, embora a banda de Mercury tenha sido “brilhante”, foi Bowie quem, de fato, engajou o público em torno da causa social. O artista chegou a dizer que o longa de 2018 “não foi correto” em seu retrato do espetáculo.

“O filme não foi correto. O Queen foi completamente, absolutamente brilhante. Mas as linhas telefônicas colapsaram depois que o David Bowie se apresentou”, garantiu o organizador do festival.

O músico explicou ainda como Bowie comoveu à todos. Bastante emocionado pelas imagens que havia visto de crianças passando fome na Etiópia, o cantor decidiu surpreender os espectadores do show interrompendo seu espetáculo após o hit ‘Heroes’ para reproduzir as mesmas imagens, contou. 

Além do Oscar de Melhor Ator para Malek, ‘Bohemian Rhapsody rendeu as estatuetas de Melhor Edição, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.