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Anitta abre debate sobre pluralidade religiosa ao comentar livro de sua xamã e revelar rotina espiritual expandida

Cantora fala sobre influência de Max Tovar e coloca em pauta os limites do sincretismo entre práticas energéticas e o candomblé

  • Foto do(a) author(a) Heider Sacramento
  • Heider Sacramento

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 06:00

Anitta reacende debate espiritual ao falar sobre influências xamânicas e sua vivência no candomblé Crédito: Divulgação

A nova aparição pública de Anitta comentando o livro Musculatura da Alma, da cosmoterapeuta e xamã Max Tovar, reacendeu um debate que acompanha a cantora há anos: até onde vai a liberdade espiritual de uma figura pública e como se equilibra o trânsito entre diferentes tradições religiosas. A artista assina o prefácio da obra e voltou a mencionar como os ensinamentos de Max têm influenciado sua rotina emocional, seu processo de cura e sua busca por autoconhecimento.

O interesse de Anitta por técnicas xamânicas, meditação, práticas energéticas e consultas oraculares não é novo, mas voltou ao centro da discussão quando ela reforçou que esse repertório não a distancia do candomblé, religião da qual é Ekedi consagrada para Logun Edé. A fala dividiu opiniões nas redes e reacendeu discussões sobre sincretismo, responsabilidade espiritual e os limites entre vivência pessoal e exposição pública.

Especialistas ouvidos pela CORREIO apontam que a combinação de caminhos espirituais pode ser legítima, desde que embasada e respeitosa. Pai Olavo, Primeiro Òlùwò Lísà do Brasil, afirma que a pluralidade religiosa não invalida vínculos ancestrais. “Transitar entre práticas diferentes não rompe a relação com o Orixá quando há verdade, compromisso e entendimento do que se está fazendo. A espiritualidade é ampla, mas exige responsabilidade.”

Max Tovar, guia espiritual de Anitta, fala sobre autoconhecimento e o processo por trás de Musculatura da Alma por Divulgação

O sacerdote ressalta, no entanto, que declarações de celebridades têm efeito multiplicado. “Quando uma figura pública fala sobre fé, isso reverbera. A liberdade espiritual é direito de todos, mas cada tradição tem sua sacralidade. É importante que esse diálogo não transforme rituais e ensinamentos em tendência ou consumo.”

Ele também chama atenção para o risco da superficialização. “Misturar práticas não é errado, mas precisa de estudo, fundamento e respeito. O problema surge quando o sagrado vira estética espiritual ou ferramenta de marketing.”

Ainda assim, Pai Olavo avalia que é possível conciliar vários caminhos, desde que haja profundidade. “Se ela encontra equilíbrio nos rituais xamânicos e ao mesmo tempo honra Logun Edé e sua ancestralidade, isso é positivo. A fé é construção contínua. Exige propósito, consciência e, acima de tudo, responsabilidade com aquilo que se manifesta publicamente.”

Anitta comemorou o aniversário de 32 anos com festa zen por Reprodução/Instagram

A discussão expõe mais uma faceta da relação entre espiritualidade, celebridade e redes sociais: a linha tênue entre compartilhar processos pessoais e influenciar práticas coletivas. Anitta, como sempre, segue no centro da conversa, e, mais uma vez, abre caminhos para um debate complexo e necessário.

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Anitta