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Arlindo Cruz passou por tratamento contra vício antes de sofrer AVC em 2017

Arlindinho conta sobre tratamento do pai Arlindo Cruz em biografia que revela os desafios enfrentados antes do AVC

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 8 de agosto de 2025 às 16:32

Arlindo Cruz teve AVC em 2017
Arlindo Cruz teve AVC em 2017 Crédito: Reprodução

Morreu nesta sexta-feira (08) o icônico sambista Arlindo Cruz, aos 66 anos, após um longo período de luta contra as sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico ocorrido em março de 2017. Reconhecido como uma das maiores figuras do samba brasileiro, Arlindo deixa um legado imenso que será celebrado por fãs e colegas.

Arlindo Domingos da Cruz Filho, nascido no Rio de Janeiro, começou a tocar cavaquinho ainda criança, influenciado pelo pai músico, Arlindão. Ganhou destaque nacional ao integrar o grupo Fundo de Quintal, que revolucionou o samba na década de 1980, e seguiu carreira solo assinando músicas que se tornaram clássicos do gênero.

Antes do AVC que o afastou dos palcos, Arlindo Cruz já vinha enfrentando um histórico de dependência química, tema abordado na biografia “O Sambista Perfeito”, escrita por Marcos Salles e lançada em 2025 pela Editora Malé. O livro dedica um capítulo à batalha do músico contra o vício em cocaína, que começou nos anos 1980. Seu filho Arlindinho revelou que o pai estava limpo desde 2017, no período que antecedeu o AVC.

“Ele havia parado com a cocaína, e no começo daquele ano estava em seu melhor momento. Não bebia, só fumava maconha, que dizia que nunca pararia. Houve boatos de que ele estaria sob efeito da droga no dia do AVC, mas isso não procede”, afirmou Arlindinho em entrevista ao canal do YouTube de Rica Perrone.

Arlindo Cruz foi um dos maiores ícones do samba por Reprodução

O filho também comentou abertamente sobre a relação do pai com as drogas: “Eu sempre soube e ele foi honesto comigo desde que eu tinha cerca de 11 anos. Essa revelação me fez criar aversão à cocaína. Tenho amigos que usam, mas não é para mim.”

Apesar de reconhecer a grandeza do pai, Arlindinho lamentou os impactos do vício na saúde do sambista: “Ele foi uma pessoa maravilhosa, o melhor pai e amigo que alguém poderia ter, mas a dependência mexeu muito com o sistema nervoso dele e prejudicou sua recuperação. Meu pai foi um exemplo de amor para todos ao seu redor.”

Após o AVC, Arlindo Cruz passou por vários meses de internação, cinco cirurgias na cabeça e viveu sob cuidados intensivos da família. Nos últimos anos, sua saúde apresentou agravamentos, conforme relatos da esposa Babi Cruz.