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Coca-Cola Zero faz mal? Veja o que dizem especialistas sobre o consumo diário

Apesar de não conter açúcar, o refrigerante zero pode trazer riscos à saúde; veja o que dizem os especialistas e qual a quantidade segura

  • Foto do(a) author(a) Ana Beatriz Sousa
  • Ana Beatriz Sousa

Publicado em 24 de maio de 2025 às 10:00

Refrigerante impacta em quem treina
Coca-Cola Zero faz mal? Veja o que dizem especialistas sobre o consumo diário Crédito: Shutterstock

Ela é a queridinha de quem busca cortar calorias e ainda assim manter o sabor do refrigerante tradicional. Mas, afinal, Coca-Cola Zero é realmente inofensiva? Especialistas em nutrição explicam que, embora a bebida não tenha açúcar nem calorias, seu consumo frequente pode trazer efeitos indesejados à saúde.

Rica em adoçantes artificiais como aspartame, ciclamato de sódio e acesulfame de potássio, a Coca-Cola Zero está longe de ser considerada uma opção "saudável". Ainda que esses compostos sejam aprovados por órgãos reguladores, estudos sugerem que seu uso excessivo pode estar ligado a problemas metabólicos, cardiovasculares e até alterações no microbioma (conjunto de microrganismos) intestinal.

Qual a quantidade segura?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece limites diários para o consumo de adoçantes, com base no peso corporal:

  • Aspartame: até 40 mg por quilo de peso. Um adulto de 70 kg poderia, teoricamente, ingerir até 14 latas (350 ml) por dia para atingir esse volume

  • Ciclamato de sódio: limite de 11 mg/kg, o que corresponde a cerca de 8 latas para a mesma pessoa

Ou seja: consumir uma ou duas latas por dia está dentro dos padrões considerados seguros. No entanto, nutricionistas reforçam que esses são limites máximos e não devem ser vistos como metas ou liberações para o uso diário.

Riscos associados ao consumo excessivo

Mesmo dentro dos limites "seguros", o consumo frequente de Coca-Cola Zero pode não ser inofensivo. Entre os possíveis impactos negativos estão:

  • Adoçantes artificiais: podem interferir na resposta à insulina, aumentar o desejo por doces e alterar o paladar ao longo do tempo
  • Cafeína: em excesso, pode causar insônia, ansiedade, dores de cabeça e irritabilidade
  • Ácido fosfórico: presente na fórmula, pode afetar a saúde dos ossos se consumido em grandes quantidades e de forma regular

Além disso, estudos vêm associando o uso frequente de bebidas adoçadas artificialmente a maior risco de obesidade abdominal, hipertensão e síndrome metabólica.

O que dizem os especialistas

Para os nutricionistas, a palavra-chave é moderação. Refrigerantes zero não devem ser consumidos como substitutos regulares de bebidas saudáveis, como água, sucos naturais ou chás sem açúcar.

Especialistas alertam que o consumo de Coca-Cola Zero deve ser feito com moderação, mesmo dentro de uma alimentação equilibrada. O médico Paulo Godoi (CRM/GO 19.101, CRM/SP 217.533) reforça que a bebida pode ser ingerida ocasionalmente, mas jamais deve substituir líquidos mais saudáveis, como água ou sucos naturais.

A cirurgiã plástica Luciana L. Pepino (CRM-SP 106.491) também chama atenção para os riscos associados aos adoçantes artificiais presentes no refrigerante. Segundo ela, apesar de não conter açúcar, a Coca-Cola Zero pode interferir no metabolismo, na flora intestinal e até na saúde bucal.

Já a nutróloga Isolda Prado (CRM 2795 RQE Nutrologia 1959), destaca que o refrigerante não causa ganho de peso diretamente, por ser isento de calorias. No entanto, seu consumo frequente pode trazer prejuízos à saúde a longo prazo, especialmente por conta dos efeitos dos adoçantes no organismo.

Quem deseja reduzir o consumo de refrigerantes pode apostar em alternativas como água com gás e limão, chá gelado natural, ou infusões saborizadas, que entregam sabor com muito menos risco.

Em resumo, Coca-Cola Zero pode ser consumida de forma ocasional, com moderação. Beber uma latinha não vai te fazer mal. O problema é quando isso vira hábito diário.