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Descubra como Dalí usava o microcochilo para ideias geniais; técnica é comprovada pela ciência

A ciência comprova que cochilos rápidos podem ser a sua fonte de inspiração

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 6 de junho de 2025 às 07:30

Dalí, pintor renomado mundialmente, tinha uma técnica inovadora para ter mais criatividade
Dalí, pintor renomado mundialmente, tinha uma técnica inovadora para ter mais criatividade Crédito: Imagem gerada por IA

Para muitos brasileiros, cochilar após o almoço parece preguiça, mas para Salvador Dalí, era uma estratégia genial para desbloquear a criatividade. O renomado pintor catalão utilizava uma técnica de sono curto.

Décadas depois, a ciência valida essa abordagem como um poderoso estímulo para a mente. Assim, sua "preguiça" pode ser, na verdade, uma ferramenta para a inspiração.

Chamados de microcochilos, esses períodos não são sonecas comuns, mas sim pausas intencionais de cinco a dez minutos. Durante eles, o cérebro transita entre a vigília e o sono profundo.

Este é um estado propício para o surgimento de ideias inovadoras. Dalí compartilhou o método em seu livro "50 Segredos Mágicos da Pintura", de 1948, e hoje a pesquisa revela sua eficácia.

O ritual inusitado de Dalí

Dalí empregava um método peculiar para seus microcochilos. Ele se sentava, segurando uma chave suspensa sobre uma placa de metal no chão. Era uma rotina que ele seguia com precisão.

No momento em que começava a cochilar, a chave escorregava de sua mão, produzindo um som alto ao atingir a base metálica. Esse ruído o despertava.

Como resultado, suas ideias fluíam livremente após esse breve despertar. O método era simples, mas extremamente eficaz para o artista.

O estágio da criatividade aflorada

A neurocientista cognitiva Delphine Oudiette investigou como esses pequenos relaxamentos impactam a criatividade. Suas pesquisas indicam que os microcochilos permitem ao cérebro alcançar o primeiro estágio do sono.

A deficiência de magnésio pode prejudicar a qualidade do sono (Imagem: MAYA LAB | Shutterstock) por Imagem: MAYA LAB | Shutterstock

Este é um ponto crucial antes do sono profundo, fundamental para a mente criativa. Nesse estado, embora sons externos ainda sejam perceptíveis, os pensamentos se tornam confusos e espontâneos, quase como em um sonho.

O ponto da inspiração

Este momento, denominado “ponto ideal criativo”, tem uma duração específica: entre cinco e dez minutos de sono. É nesse curto intervalo que a mente se torna mais fértil.

A lucidez se mistura com elementos subjetivos, como sonhos, facilitando a emergência de conceitos. Contudo, ultrapassar esse período pode levar ao sono REM, onde o controle consciente é perdido.

Melhorando a técnica

Apesar do método de Dalí poder falhar se a chave se soltasse cedo demais, a eficácia da técnica é inquestionável. Cientistas descobriram, inclusive, que é possível otimizar essa abordagem.

Podemos usar estímulos sonoros direcionados. Esta prática, conhecida como incubação de sonhos, permite que o subconsciente trabalhe em temas específicos, provando que os microcochilos são um potente catalisador da criatividade