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Do gato à carne mal cozida: entenda o risco que você corre de ter doença capaz de cegar

Doença causada pelo parasita Toxoplasma gondii pode gerar lesões na retina

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 7 de dezembro de 2025 às 10:00

Descobrir a doença precocemente é essencial para o sucesso do tratamento
Descobrir a doença precocemente é essencial para o sucesso do tratamento Crédito: Freepik

A toxoplasmose ocular é uma infecção provocada pelo protozoário Toxoplasma gondii, capaz de causar lesões na retina e comprometer a visão.

Embora seja popularmente associada aos gatos, hospedeiros definitivos do parasita, a transmissão também pode ocorrer por meio de água contaminada, carne mal cozida, vegetais mal lavados e até transfusões sanguíneas.

Derrame ocular por Shutterstock

A doença pode atingir qualquer pessoa, mas é mais comum em recém-nascidos, crianças, gestantes e indivíduos imunodeprimidos.

O que causa a toxoplasmose ocular

A infecção pode ser congênita, quando o feto é contaminado pela mãe durante a gestação, ou adquirida, por ingestão de alimentos ou água contaminados. Também pode ocorrer por inoculação cutânea ou transplantes de órgãos.

Na maior parte dos casos, a forma adquirida é a mais frequente. Uma vez no organismo, o parasita pode atingir os olhos e formar áreas de inflamação na retina, deixando cicatrizes que interferem diretamente na visão, especialmente quando acometem a mácula.

Principais sintomas e possíveis complicações

Os sinais variam conforme o tamanho e a localização das lesões. Em algumas fases, a doença pode passar despercebida; em outras, causa visão turva, sensibilidade à luz, dor ocular, “moscas volantes” e distorções das formas.

Casos mais graves podem evoluir com inflamação vítrea intensa, descolamento de retina, glaucoma, catarata e danos irreversíveis ao nervo óptico. Febre baixa, mal-estar e aumento de gânglios também podem acompanhar o quadro.

A avaliação do fundo de olho é essencial para identificar as lesões típicas da infecção. Exames como angiofluoresceinografia, ICG, OCT e ultrassonografia ajudam a determinar a extensão do dano.

Testes sorológicos para IgG e IgM confirmam a exposição ao parasita e auxiliam no diagnóstico definitivo.

Tratamento e prognóstico

Embora não haja cura definitiva para cicatrizes já formadas, a toxoplasmose ocular pode ser controlada. O tratamento busca impedir a replicação do parasita e reduzir a inflamação.

As terapias mais utilizadas combinam medicamentos como pirimetamina, sulfadiazina, trimetoprim-sulfametoxazol e corticosteroides. Em recém-nascidos, o tratamento medicamentoso no primeiro ano de vida é essencial.

Em situações específicas, técnicas cirúrgicas como fotocoagulação, crioterapia e vitrectomia podem ser necessárias.

A prevenção é fundamental: higienizar bem alimentos, evitar carne crua, consumir água potável e, no caso das gestantes, redobrar cuidados com a manipulação de areia de gato e alimentos crus

Detectada a tempo, a toxoplasmose ocular pode ser controlada, e a visão, preservada.