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Agência Correio
Publicado em 28 de novembro de 2025 às 19:00
Em dias quentes, com termômetros marcando mais de 30 graus, especialmente nas cidades litorâneas, o corpo passa por uma intensa reação natural que pede atenção: a vasodilatação. >
Esse processo, onde os vasos sanguíneos se dilatam, pode mexer significativamente com a pressão sanguínea, trazendo consigo o perigo da queda de pressão, além de desidratação, que gera tontura, desmaio e até arritmia cardíaca. >
Desidratação e golpes de calor
Contudo, a situação vai além. As altas temperaturas também fazem o sangue ficar mais espesso, elevando a pressão e a frequência cardíaca. Consequentemente, aumenta o risco de sofrer um infarto ou um derrame.>
Estudos científicos demonstram que o calor excessivo pode elevar o risco de morte precoce por problemas cardiovasculares, sobretudo em pessoas com mais de 50 anos de idade. Portanto, é crucial entender como a alta temperatura age no seu organismo e adotar medidas preventivas. >
Esteja atento, pois o perigo de infarto se intensifica quando as temperaturas ultrapassam a marca dos 32 °C, um cenário bem comum durante a estação mais quente do ano, sendo ainda mais grave para quem já convive com colesterol alto e hipertensão arterial. >
O nosso corpo, ao se desidratar, aciona um mecanismo de defesa: fecha os vasos sanguíneos para tentar manter a pressão arterial estável e acelera os batimentos cardíacos para se sustentar. É importante saber que o risco de problemas cardiovasculares aumenta justamente no verão, período em que o calor exige um esforço extra do coração. >
Alguns grupos de pessoas são mais propensos a sofrer com as altas temperaturas. Segundo o cardiologista e coordenador do Programa de Infarto Agudo do Miocárdio, Dr. Leopoldo Piegas, as pessoas obesas, diabéticas e portadoras de algum problema cardiovascular fazem parte do grupo de maior risco. >
O Dr. Piegas faz um alerta importante ao portal do Hcor: "A orientação nestes dias quentes é manter-se sempre hidratado, evitar a exposição direta ao sol e fazer refeições leves, que exigem menos esforço do organismo durante a digestão". >
"As altas temperaturas causam dores de cabeça, desconforto, desidratação, cansaço e podem aumentar o risco de morte precoce por problemas cardiovasculares", complementa o médico.>
Membros do grupo de risco precisam de cuidado extra. Não é recomendado iniciar exercícios físicos sem uma avaliação médica prévia, nem abusar da alimentação. >
O cardiologista também recomenda ter cautela com as comidas de rua e típicas do período de férias, principalmente aquelas com alto teor de colesterol, que é um fator de risco relevante para aterosclerose. Além disso, evitar o excesso de bebidas alcoólicas é fundamental. >
A atenção à hidratação deve ser máxima, especialmente porque o calor e a umidade do verão aumentam a perda de água e sais minerais através da transpiração. O Dr. Piegas reforça: “Para evitar a desidratação, é preciso ingerir bastante líquido.” >
Pacientes que usam medicamentos, sobretudo diuréticos, e pessoas de mais idade, merecem um olhar cuidadoso. Pacientes hipertensos, que monitoram a pressão arterial com frequência, devem ficar atentos à tendência natural do corpo de baixar a pressão no calor. >
Nesses casos, uma reavaliação médica durante as férias pode indicar se é necessário ou não ajustar a dosagem dos medicamentos.>
Fique atento aos sinais que podem indicar um infarto ou AVC nestes dias de muito calor. A detecção precoce pode salvar vidas. >
Em caso de qualquer um desses sintomas, procure ajuda médica imediatamente.>