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Em que momento a tristeza e a depressão se transformam em doença? Os cientistas sabem exatamente quando

Entenda como identificar quando a tristeza deixa de ser emoção e vira um transtorno clínico

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 19:00

Especialistas afirmam que a tristeza é um sentimento humano comum e importante para a manutenção da vida
Especialistas afirmam que a tristeza é um sentimento humano comum e importante para a manutenção da vida Crédito: Freepik

A tristeza faz parte da vida e aparece em momentos difíceis, mas nem sempre significa depressão. Quando o sofrimento se prolonga e passa a afetar o dia a dia, é hora de olhar para os sinais com mais cuidado

Especialistas explicam que a diferença principal está na duração dos sintomas, na perda de prazer e no impacto sobre a rotina, fatores que ajudam a distinguir uma emoção saudável de um transtorno mental.

[Edicase]A depressão infantil pode interferir nos estudos e nos relacionamentos das crianças (Imagem: Iren_Geo | Shutterstock) por Imagem: Iren_Geo | Shutterstock

Logo no início, essa distinção evita que pessoas normalizem um sofrimento que pode ser tratado e impede que a depressão passe despercebida por meses ou até anos

A tristeza é uma resposta natural a perdas, frustrações ou rupturas e costuma durar de horas a poucos dias. Ela ajuda no processamento emocional e, mesmo desconfortável, mantém a capacidade de sentir prazer em outras áreas da vida. Por isso, sentir-se triste após um evento negativo não é sinal de doença, mas parte fundamental da adaptação emocional.

Quando a tristeza ultrapassa o limite

Na depressão, a duração e a intensidade mudam completamente. Os sintomas persistem por pelo menos duas semanas, podendo durar meses ou anos sem tratamento. Em muitos casos, a pessoa passa a considerar normal viver “para baixo”, o que atrasa o diagnóstico e o início do cuidado adequado

Além do tempo, o impacto funcional é decisivo: quando o humor deprimido começa a prejudicar o trabalho, os estudos, os relacionamentos ou a rotina, o quadro deixa de ser apenas emocional e passa a ser clínico.

A perda de prazer é o sinal mais marcante

Embora a tristeza intensa seja um sintoma conhecido, é a anedonia — a perda da capacidade de sentir prazer — que se destaca como um dos critérios mais importantes para o diagnóstico. A pessoa deixa de aproveitar atividades que antes gostava, como hobbies, encontros sociais ou até sensações simples do cotidiano

Esse sinal pode aparecer mesmo sem uma sensação subjetiva de tristeza, o que reforça a importância de observar mudanças no comportamento.

O corpo também sofre

A depressão não afeta apenas o humor. Ela altera sono, apetite, peso e energia. Distúrbios do sono, dores pelo corpo, pressão no peito e fadiga constante fazem parte do quadro e evidenciam que se trata de uma condição sistêmica, não apenas emocional. 

Esses sintomas confundem muitas pessoas, que acabam buscando explicações físicas antes de considerar uma avaliação em saúde mental.

Quando buscar ajuda

Se a tristeza ou a falta de prazer persistirem por mais de duas semanas e começarem a comprometer a rotina, é importante procurar um profissional de saúde mental. Em situações graves, como presença de pensamentos suicidas ou sintomas psicóticos, a busca deve ser imediata, incluindo serviços de emergência ou psiquiatras especializados

O tratamento pode envolver psicoterapia, medicamentos ou ambos, e costuma ser mais eficaz quando há acompanhamento integrado.