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Agência Correio
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 15:00
Um simples "OK" ou um emoji de polegar para cima são respostas tão comuns no dia a digital que quase passam despercebidos. No entanto, especialistas alertam que essa brevidade pode ser uma armadilha para a comunicação, escondendo uma gama de sentimentos que vai muito além da simples confirmação. >
A psicóloga Teresa Baró adverte que o "OK" frequentemente carrega uma "aceitação passiva" – quando o interlocutor concorda, mas sem qualquer entusiasmo ou envolvimento com a conversa. A interpretação dessa mensagem, no entanto, raramente é unânime entre remetente e destinatário. >
Portanto, antes de tirar conclusões precipitadas na sua próxima conversa de WhatsApp, é crucial entender os múltiplos significados que duas letras podem carregar. A seguir, desvendamos o que os especialistas dizem sobre essa palavra aparentemente inofensiva. >
Celulares
Muitas vezes, a mensagem curta funciona como uma barreira. De acordo com as análises, essa forma de diálogo pode separar os interlocutores, mantendo uma certa distância. Se uma pessoa normalmente comunicativa de repente se resume a um "OK", isso pode ser um sinal claro de tédio, fadiga ou simplesmente desinteresse no assunto. >
A especialista em comunicação interpessoal Silvia Congost acrescenta outra camada ao debate. Ela ressalta que o "OK" pode ser uma expressão sutil de imposição de limites. Nesses casos, a intenção não é necessariamente ser grosseiro, mas sim comunicar que o remetente não tem força, desejo ou motivação para continuar a conversa naquele momento. >
A chave para decifrar o "OK" não está na palavra em si, mas no contexto que a rodeia. Psicólogos sugerem um passo a passo para uma interpretação mais precisa: >
Primeiro, preste atenção ao estilo de comunicação habitual da pessoa. Uma mudança repentina no padrão é um sinal mais confiável do que um comportamento constante.>
Em seguida, considere o canal de comunicação. Em mensagens de texto, faltam o tom de voz e as expressões faciais que ajudariam a dar clareza, o que torna fácil tirar conclusões erradas.>
Além disso, avalie a situação e o humor do interlocutor. A pessoa pode estar apenas cansada, ocupada ou distraída, e a falta de engajamento não tem uma base emocional profunda.>
Por fim, se a dúvida persistir, a melhor solução é tocar no assunto com delicadeza. Perguntar "Está tudo bem?" ou "Você quer conversar sobre isso?" pode aliviar a tensão e evitar uma enxurrada de especulações.>
Vale lembrar também que a expressão "OK" não se limita a palavras; muitas vezes, assume a forma de um gesto de polegar para cima. Embora seja um sinal neutro ou positivo na maioria das culturas, em regiões como Oriente Médio, partes da América Latina e Grécia, ele pode ser percebido como ofensivo. Na comunicação internacional, é melhor ter cuidado com essas nuances. >
Em resumo, um simples "OK" é mais do que uma simples afirmação. Pode encobrir desde aceitação passiva até um desejo claro de encerrar um assunto. A chave para interpretar com precisão as intenções de alguém está na observação do contexto, dos relacionamentos existentes e na sensibilidade às nuances da comunicação.>