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Agência Correio
Publicado em 6 de outubro de 2025 às 07:31
Dizem que o DNA guarda respostas para grande parte das questões sobre nossa saúde. Dentro desse código microscópico, estão não só nossas características físicas, mas também o risco de desenvolver determinadas doenças. >
O grande desafio da ciência tem sido decifrar essas informações de forma clara, útil e precisa. Com o avanço das pesquisas, surgem exames capazes de mapear e interpretar trechos do DNA. >
Infarto em homens e mulheres
Até pouco tempo atrás, muitos deles eram limitados a doenças ligadas a um único gene. Agora, uma nova fronteira começa a ser explorada: as chamadas doenças poligênicas, influenciadas pela combinação de vários genes.>
O novo estudo conduzido pela Universidade Harvard representa um marco nesse processo. Ele amplia as possibilidades da medicina preditiva, abrindo caminho para diagnósticos mais rápidos e estratégias personalizadas de prevenção.>
O destaque da pesquisa é a capacidade de prever riscos relacionados a cinco condições graves. Entre elas estão o infarto, uma das principais causas de morte no mundo, e a diabetes tipo 2, que cresce em ritmo acelerado em diferentes países. >
Outras doenças complexas também fazem parte da lista, o que reforça a importância do estudo. Essas enfermidades têm algo em comum: não são causadas por um único fator, mas pelo efeito combinado de múltiplos genes em interação com o ambiente e o estilo de vida.>
Diabetes
Essa característica sempre dificultou a criação de testes simples e eficazes. Agora, com o avanço das técnicas de análise genética, os cientistas conseguem identificar marcadores específicos que aumentam a probabilidade de uma pessoa desenvolver essas doenças. >
A promessa é de que, no futuro, um simples exame de sangue possa revelar essas informações.>
Ter acesso a esse tipo de informação pode mudar completamente a forma como lidamos com a saúde. Em vez de esperar pelo surgimento dos primeiros sintomas, seria possível agir com antecedência, adotando hábitos de vida mais saudáveis ou acompanhamentos médicos específicos.>
No entanto, a novidade também levanta debates sobre bioética. Especialistas discutem até que ponto prever o risco de uma doença pode influenciar a vida de uma pessoa, seja em escolhas pessoais, emocionais ou até em questões como planos de saúde e empregabilidade.>
Apesar dessas questões, a tendência é que a medicina genética ganhe cada vez mais espaço. O estudo de Harvard mostra que estamos mais próximos de um cenário em que o DNA poderá servir como guia para a prevenção de doenças e para o aumento da qualidade de vida.>