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Agência Correio
Publicado em 19 de setembro de 2025 às 06:00
É cada vez mais comum ver donos tratando seus bichos de estimação como verdadeiros parceiros de vida. >
Esse hábito, que pode parecer apenas um sinal de afeto, tem chamado a atenção da psicologia pelo que revela sobre os relacionamentos humanos.>
Pets
Falar com um cachorro ou gato não se resume a uma demonstração espontânea de carinho. Sob o olhar da psicologia, esse costume está ligado a características de personalidade e à maneira como a pessoa percebe e se conecta com o mundo.>
Aqui entra a noção de antropomorfismo, que corresponde à inclinação de atribuir sentimentos e comportamentos humanos a animais.>
De acordo com a psicologia, conversar com pets vai além da demonstração de amor. Reflete empatia, imaginação ativa e inteligência emocional, fatores que influenciam na forma como as pessoas criam laços, seja com animais ou com outros indivíduos.>
Quem conversa com seus animais de estimação geralmente apresenta maior percepção emocional sobre o que acontece ao redor.>
São pessoas capazes de identificar sentimentos em outros seres vivos e de reagir a eles com atenção. Dessa forma, oferecer cuidado aos pets se torna uma extensão natural da convivência diária.>
O diálogo com gatos e cães também envolve criar situações, jogos e rotinas nas quais o animal passa a ter papel de integrante da família.>
Esse traço revela criatividade e a capacidade de elaborar espaços afetivos e divertidos que fortalecem as relações dentro do lar.>
Além disso, esse tipo de comunicação costuma estar ligado à habilidade de reconhecer e regular emoções. Pessoas com esse costume tendem a se expressar melhor e a notar sinais não verbais, como expressões e posturas.>
Outro ponto relacionado é a preocupação constante com o bem-estar de outros seres. Esse perfil costuma se refletir em ações de apoio, como contribuir com abrigos ou participar de campanhas de adoção.>
Assim, conversar com os animais funciona como espelho do senso de solidariedade e da valorização do coletivo.>
O hábito de falar com pets também evidencia a importância que se dá à constância e à lealdade nos vínculos.>
Essas pessoas prezam o companheirismo contínuo e a presença incondicional, aspectos que aparecem tanto nas relações humanas quanto no convívio com os animais.>
Outro ponto é a busca por presença. Conversar com os bichos ajuda a reduzir a sensação de solidão e a promover bem-estar psicológico.>
Esse comportamento cria um ambiente seguro para liberar emoções e favorece o equilíbrio mental.>
Interagir verbalmente com um pet tem efeito direto no equilíbrio emocional. Esse gesto ajuda a reduzir ansiedade e estresse, ampliando a sensação de segurança e acolhimento, principalmente em quem mora sozinho.>
Também fortalece a autoestima e estabelece rotinas de cuidado compartilhado que enriquecem o dia a dia.>
Embora não utilizem palavras, os animais percebem tons de voz e movimentos, mostrando que a comunicação vai além da fala.>
Algumas linhas de pensamento até mencionam a “telepatia animal”, entendida como uma conexão intuitiva e profunda. Falar com pets, portanto, não é algo estranho ou sem valor.>
É uma prática que revela empatia, imaginação e uma forma única de se conectar com o mundo.>