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Filha de lenda da Fórmula 1 fala abertamente sobre sua vida como sem-teto após vida de luxo

Entenda como Christianne Ireland passou de jantares luxuosos para a situação de rua

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 5 de dezembro de 2025 às 15:00

Depois de enfrentar o alcoolismo e viver anos sem casa, ela conseguiu se reerguer
Depois de enfrentar o alcoolismo e viver anos sem casa, ela conseguiu se reerguer Crédito: Reprodução BBC

Christianne Ireland cresceu em um ambiente marcado pelo barulho dos motores e pela presença constante de pilotos renomados. Filha de Innes Ireland, ela acompanhava o pai em viagens e convivia com figuras conhecidas da Fórmula 1, segundo a BBC.

Ela descreve aquela fase como intensa, cheia de movimento e encontros espontâneos.

Circuito de Jeddah-Corniche receberá a próxima etapa da Fórmula 1 por Cristiano Barni/Shutterstock.com

Mesmo criança, via grandes nomes da categoria passando pela casa da família. Em alguns dias, surgia um convite inesperado para jantar com amigos do pai, como Stirling Moss e Frank Williams.

Décadas depois, porém, a realidade foi completamente diferente.

A queda repentina e dolorosa

Em 2016, Christianne perdeu a estabilidade e enfrentou problemas com álcool, o que a levou à situação de rua.

Em entrevista à BBC, ela define que aquele momento “foi como cair de uma torre de marfim".

Com 58 anos, dois divórcios e dificuldades financeiras, deixou sua antiga casa em Berkshire e passou a depender de um abrigo para moradores de rua em Andover, em Hampshire (Inglaterra).

Era obrigada a sair do local logo pela manhã e precisava aprender a lidar com um ambiente desconhecido.

A maior luta era evitar a bebida. Ela conta que, se cedesse, “o inferno se instalaria”.

O ponto de virada

Durante o tratamento, Christianne recebeu orientação para participar de atividades voluntárias promovidas pela instituição Unity.

A partir daí, encontrou um pequeno terreno comunitário em Andover e passou a usá-lo como suporte diário.

"Nos dias em que a situação estava realmente ruim e eu queria sair para comprar uma bebida, tudo o que eu precisava fazer era dar um passo de cada vez e chegar ao meu terreno", explicou ela.

Ali, o trabalho manual ajudava a organizar os pensamentos e manter distância do álcool. Com o passar dos meses, ela recuperou confiança suficiente para conseguir um emprego e alugar um apartamento.

Recomeço inspirador

Hoje, aos 65 anos, Christianne atua como gerente de suporte na própria Unity e também ajuda a administrar um projeto de banco de alimentos.

Ela acredita que o período vivido em Andover foi um dos mais duros de sua trajetória, mas também o mais transformador.

"De certa forma, olhando para trás, vejo isso como uma cobra trocando de pele, e então eu me encontrei", disse ela à BBC.

Agora, incentiva outras pessoas a considerarem o voluntariado como uma forma de mudança. Para Christianne, “nunca é tarde demais para mudar” e seguir adiante depende de pequenos passos diários.