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Ana Beatriz Sousa
Publicado em 10 de novembro de 2025 às 14:00
O cinema brasileiro voltou a brilhar no cenário internacional. O filme Cidade de Deus (2002), dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, foi o único representante do Brasil a entrar na lista dos 100 melhores filmes do século XXI, elaborada pelo The New York Times.
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A produção ficou na 15ª posição entre os 100 títulos escolhidos por mais de 500 profissionais da indústria cinematográfica, entre diretores, atores, roteiristas e críticos de renome. Nomes como Guillermo del Toro, Pedro Almodóvar e Sofia Coppola participaram da votação, que pedia que cada um escolhesse dez filmes lançados desde o ano 2000.>
Sem regras rígidas sobre o que define um “melhor filme”, o resultado acabou refletindo o impacto cultural e artístico de cada obra. Nesse contexto, Cidade de Deus foi novamente reconhecido por sua força narrativa, estética crua e retrato potente da desigualdade social brasileira, qualidades que o transformaram em um símbolo do cinema nacional.>
O longa, inspirado no livro homônimo de Paulo Lins, já havia conquistado o mundo em 2004, quando foi indicado a quatro categorias do Oscar: Melhor Direção, Roteiro Adaptado, Fotografia e Edição.>
Na lista, o filme divide espaço com produções marcantes como Parasita (2019), de Bong Joon-ho, que lidera o ranking; Cidade dos Sonhos (2001), de David Lynch; Sangue Negro (2007), de Paul Thomas Anderson; e Moonlight (2016), de Barry Jenkins.>
Filme Cidade de Deus
Mais de duas décadas após o lançamento, Cidade de Deus segue vivo na memória do público. Em 2024, o filme ganhou continuação em formato de série pela HBO Max, retomando a história dos personagens originais, agora ambientada nos anos 2000.>
A nova produção parte das memórias de Buscapé (Alexandre Rodrigues) e mostra o destino de antigos e novos moradores da Cidade de Deus, mantendo o tom crítico e humano que transformou o longa em um dos maiores marcos do cinema brasileiro.>