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Heider Sacramento
Publicado em 29 de julho de 2025 às 09:03
Morreu na última segunda-feira (28), aos 40 anos, o cantor Leandro Rogério, conhecido no cenário do funk como Leandro Abusado. O artista, que estourou nos anos 2000 e voltou a viralizar recentemente com o hit “Aqui no baile do Egito”, não resistiu às complicações de uma infecção causada pela Síndrome de Fournier, uma condição rara e severa que afeta os tecidos da região genital. >
Internado no Posto de Assistência Médica (PAM) de Irajá, na Zona Norte do Rio, Leandro vinha travando uma luta intensa contra a doença desde março. Em vídeo compartilhado nas redes sociais, ele contou que passou semanas sem buscar atendimento, mesmo sentindo dores e notando inchaço nas partes íntimas. “Eu não sabia o que era. Só depois de duas semanas percebi um cheiro estranho e fui ao hospital. Já estava com necrose em algumas áreas”, revelou, com a voz embargada.>
Leandro Abusado
O cantor ficou conhecido inicialmente pela parceria com Maysa no grupo “Leandro e As Abusadas”, sucesso nos bailes da Furacão 2000. Com o tempo, a dupla percorreu o Brasil e marcou presença no auge do funk carioca. Mais de uma década depois, Leandro voltou aos holofotes ao compor um dos hits mais tocados nas plataformas digitais.>
Para ajudar no tratamento, ele criou uma vaquinha virtual e mobilizou fãs e amigos. A campanha arrecadou pouco mais de R$ 1.600, usados para itens essenciais como fraldas geriátricas e medicamentos.>
A cantora Maysa se despediu do ex-parceiro com uma homenagem emocionante: “Minha risada nunca mais será a mesma sem você. Vai com Deus, meu amor”, escreveu.>
A Síndrome de Fournier, embora rara, é de evolução rápida e exige intervenção médica urgente. A condição pode surgir a partir de pequenas infecções ou feridas mal cuidadas na região do períneo e, se negligenciada, leva à necrose dos tecidos.>
A doença é uma forma de fasceíte necrosante, geralmente associada a infecções no períneo. Pode ser causada por feridas, cirurgias, picadas de inseto, má higiene íntima ou lesões na pele. O tratamento exige internação urgente e, em casos graves, pode haver necrose dos tecidos.>