Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Fernanda Varela
Publicado em 2 de novembro de 2025 às 06:50
Dezessete anos após a morte da filha, Isabella Nardoni, o caso que chocou o país ainda marca profundamente a trajetória de Ana Carolina Oliveira. Hoje, aos 41 anos, ela é vereadora em São Paulo e dedica o mandato à defesa dos direitos das crianças e adolescentes, enquanto Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pelo assassinato da menina, cumprem pena em regime aberto.>
Eleita em 2024, Ana Carolina preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Juventude da Câmara Municipal. Seu trabalho é voltado à prevenção da violência doméstica, ao combate ao abuso infantil e ao fortalecimento de políticas públicas de acolhimento e proteção.>
Isabella Nardoni
A mãe de Isabella, assassinada em 29 de março de 2008, raramente fala sobre o crime ou sobre os responsáveis. Alexandre e Anna Carolina foram condenados em 2010, ele a 31 anos de prisão e ela a 26, após o julgamento que confirmou que a menina, de cinco anos, foi jogada pela janela do sexto andar do prédio onde morava o casal, na zona norte de São Paulo.>
Desde então, Ana Carolina reconstruiu a vida em silêncio e longe dos holofotes. Casou-se novamente e, em 2013, deu à luz um menino. Na época, em entrevista à TV Globo, afirmou que a chegada do novo filho trouxe esperança, mas não apagou a dor da perda de Isabella. “Não substitui a minha filha. Nenhuma criança substitui outra. Mas ele me deu motivos para continuar vivendo”, declarou.>
Atualmente, Ana Carolina mantém uma rotina dedicada à política e à família. Nas redes sociais, compartilha campanhas de conscientização sobre violência contra crianças e presta homenagens à filha. Em abril de 2025, quando Isabella completaria 23 anos, ela publicou uma mensagem dizendo que a lembrança da menina segue sendo sua força diária.>
Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá
Mesmo com a liberdade condicional de Alexandre e Anna Carolina desde 2024, Ana Carolina afirma não manter qualquer contato com o ex-companheiro nem com a ex-madrasta da filha. Seu foco, segundo pessoas próximas, é seguir com a vida pública e transformar sua história em luta por outras crianças.>