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Elis Freire
Publicado em 27 de junho de 2025 às 21:06
A influenciadora norte-americana Maria Palen, de 31 anos, que costumava compartilhar nas redes sociais uma rotina ativa com treinos, alimentação vegetariana e passeios ao ar livre, está vivendo um processo intenso de reabilitação após ser diagnosticada com babesiose — uma infecção parasitária rara transmitida por carrapatos. O quadro ganhou repercussão depois que Maria relatou, em suas redes, que perdeu os movimentos da cintura para baixo em decorrência das complicações da doença. >
Em outubro de 2024, durante uma viagem ao Texas, Maria começou a sentir febre alta, dores no corpo e uma fadiga persistente. Os sintomas se agravaram rapidamente, e ela foi internada após perder a capacidade de urinar. O diagnóstico apontou para babesiose, uma doença causada por protozoários do gênero Babesia, transmitidos pelo mesmo tipo de carrapato que também pode carregar a bactéria da Doença de Lyme. No organismo de Maria, a infecção alcançou o sistema nervoso e resultou em mielite transversa, uma inflamação grave na medula espinhal que comprometeu sua mobilidade.>
Mesmo com semanas de internação e tratamento com antibióticos e antiparasitários, os médicos explicaram que as chances de recuperação total, parcial ou nenhuma são de 33% para cada cenário. Desde então, ela vem passando por sessões contínuas de fisioterapia e adaptação a uma nova realidade física e emocional.>
A babesiose é considerada uma “malária dos carrapatos” por apresentar sintomas semelhantes, como febre intensa, calafrios, fadiga, dor muscular, anemia e, em casos mais severos, icterícia, urina escura e até falência de órgãos como os rins ou os pulmões. Transmitida pela picada de carrapatos infectados, a doença é endêmica em alguns estados dos EUA, principalmente no Nordeste e Centro-Oeste do país. No Brasil, não registro da forma humana dessa doença em transmissão, apenas entre animais.>
Atualmente, Maria compartilha sua trajetória de recuperação com seus mais de 23 mil seguidores no Instagram, buscando conscientizar outras pessoas sobre os riscos da doença e a importância de um diagnóstico precoce. >