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Atleta pega bactéria que 'come' corpo humano em piscina de hotel e fica com sequelas graves

Relatório ambiental aponta falhas na higienização

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 23 de setembro de 2025 às 14:37

Alexis Williams
Alexis Williams Crédito: Reprodução

A rotina de Alexis Williams mudou por completo após um banho de piscina. A jovem de 23 anos se hospedou no Residence Inn Ann Arbor Downtown para aproveitar uns dias de lazer quando, segundo a família, um ferimento discreto na perna se transformou em um pesadelo. Poucos dias depois do mergulho, a jovem passou a sentir dores intensas, vômitos e febre, e acabou internada com diagnóstico de infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina, a conhecida MRSA.

Alexis Williams por Reprodução

A jovem, que é atleta, precisou de cirurgias, ficou com a mobilidade comprometida e hoje depende da ajuda da mãe para atividades simples do dia a dia, conforme relatos da família. Dois primos que a acompanhavam também adoeceram após usar a piscina, o que reforçou a suspeita de contaminação no local.

Documentos do Departamento de Meio Ambiente, Grandes Lagos e Energia de Michigan apontam irregularidades nos testes da água, com amostras registrando contagem bacteriana elevada e, em algumas coletas, ausência de cloro. Em comunicado, os advogados que representam Alexis afirmam que o hotel manteve a piscina aberta mesmo diante dos resultados, e por isso moveram uma ação civil por negligência.

O hotel fechou o espaço temporariamente somente após notificações do órgão ambiental e voltou a realizar tratamentos mais rigorosos na água, segundo os registros. A defesa do estabelecimento ainda não se manifestou publicamente sobre todas as alegações apresentadas na ação, que busca não só indenização, mas medidas que impeçam novos riscos a hóspedes.

Especialistas ouvidos em cobertura sobre o caso lembram que a MRSA é uma bactéria agressiva e resistente a vários antibióticos, capaz de provocar desde infecções de pele graves até quadros que exigem amputação ou podem evoluir para sepse. A prevenção, nesse cenário, passa pela manutenção adequada de piscinas e pela atenção imediata a ferimentos expostos antes de nadar.

O episódio também reacende o debate global sobre a resistência antimicrobiana. Pesquisadores, entre eles equipes do MIT, buscam acelerar a descoberta de novos antibióticos com o auxílio de inteligência artificial, uma estratégia promissora para identificar moléculas ativas em velocidade muito superior ao método tradicional, ainda em fase de testes laboratoriais.

Enquanto a ciência avança, famílias como a de Alexis pedem responsabilização e alerta: o lazer de um dia não pode se transformar em risco permanente para a saúde. A ação contra o hotel segue em curso, e a expectativa é que o processo traga não só reparação para a jovem, mas mudanças práticas na gestão das áreas de recreação do estabelecimento.